No dia de seu aniversário, o Ouro de Tolo tem uma edição especial da coluna “Made in USA”, do advogado Rafael Rafic.

De minha parte, só tenho a agradecer a leitores, colunistas e agregados que fazem o blog estar sempre crescendo e se firmando como um dos bons espaços de debate na internet. A hora é de celebrar a data.

Mais um ano se passou…

Chegamos ao quarto aniversário do Ouro de Tolo e o e-mail recebido do editor do blog sobre esta efeméride me fez lembrar que há menos de um mês atrás passei em branco outra efeméride: meu primeiro aniversário como colunista deste blog (não lembro a data exata, mas foi no início de abril de 2012).

Apesar de ser colunista há apenas um ano, sou leitor do blog há umas três temporadas e posso atestar que a mudança na forma do blog foi gigantesca.

Antigamente o Migão escrevia prolificamente, quase como um louco; era um blog com um ponto de vista muito pessoal. Alias o Migão tem um ponto vista único dos fatos, de qualquer fato. Talvez venha daí o lema do blog, vivo até hoje: “Sempre em busca do inusual”.

Porém, o tempo é inexorável e nossa vida muda com ele. Aos poucos foram se agregando outras pessoas que, inicialmente, faziam participações especiais, depois colunas. O número desses colaboradores, que sempre fizeram isso por puro prazer de escrever e informar – já que ninguém nunca ganhou um centavo escrevendo para o Ouro de Tolo, foi aumentando gradativamente com o tempo.

Até diria que nos últimos tempos atingiu escala exponencial, já que o número de novos colunistas que este blog recebeu no último ano foi gigantesco.

Essas participações transformaram completamente o Ouro de Tolo: de uma experiência muito pessoal do seu dono para uma revista eletrônica variadíssima, da qual se fala de esportes, vida cotidiana, literatura, política, literatura (com os ótimos contos do Villar), história, samba, assuntos femininos, religião, advocacia, saúde entre outros.

O Migão de colunista único e diário se transformou em um grande editor de todos nós, que vez ou outra escrevia coluna própria, parecido com um estilo Mino Carta ou do saudoso Victor Civita (este último extremamente mal sucedido por seu filho).

Porém, como eu disse acima, os tempos mudam. Assim Migão teve problemas sérios no ano passado (de todos os tipos, foi o seu annus horribilis) e pouco tempo lhe restou para escrever. Assim, passou a assumir de vez a figura de editor.

Acredito que isso é o grande fato pelo qual o Ouro de Tolo pode ser orgulhar esse último ano: ele deixou de depender exclusivamente do Migão atuando como “goleiro-zagueiro-atacante” e provou que pode se manter com atualização diária, de altíssima qualidade, mesmo na indisponibilidade de tempo de seu fundador e editor.

Este período foi muito bom até para lapidar o Migão nessa função de editor.

Ser editor é uma função ingrata porque ao mesmo tempo você precisa pensar no veículo como um todo, pensar em seu conteúdo de forma heurística (acreditem, isso não é fácil), e revisar os textos feitos pelos colunistas, corrigindo erros e evitando algumas palavras que possam causar riscos jurídicos ao veículo. Mas, ao mesmo tempo, tem de manter o estilo e a força do argumento do autor. Afinal, a coluna pertence a este, não aquele.

Como o leitor do Ouro de Tolo pode perceber, o número das famosas “Notas do Editor” ou “NEs” caiu drasticamente nos últimos quatro ou seis meses. Isso ocorreu após várias reclamações, inclusive de colunistas, de que ele estava se “intrometendo” demais nos pensamentos e nos textos dos colunistas.

Particularmente, na minha coluna, nunca me importei com as NEs, já que muitas delas eram pertinentes ou, pelo menos, levantavam discussões interessantes. Porém devo admitir que em algumas colunas (Orun-Ayês principalmente) o ponto foi passado.

O Migão achava que toda vez que ele discordava da opinião emitida pelo colunista, ele deveria deixar claro que o editor não concordava com o que vinha escrito. Isso aumenta excessivamente o número de notas do editor, que não levavam a lugar algum e não raro chegava a deturpar o texto ou, pelo menos, cansar sua leitura.

Aos poucos ele foi percebendo que todos já entendiam que o estava escrito não era a opinião dele, mas sim a de quem escreveu.

Hoje temos que catar com lupas as notas do editor: houve uma semana inteira sem uma delas sequer. Quando as temos é para apor uma informação importante: seja por algum esquecimento ou desconhecimento do colunista, seja porque o editor tem uma informação de bastidor importante que muda a situação. Isso também foi um ganho enorme de qualidade do blog.

A propósito, devo admitir que ainda estou para conhecer alguém que, apesar de não ter nenhum grande poder, seja tão bem relacionado como o Migão.

Felizmente, parece que os tempos tenebrosos da vida pessoal do Migão acabaram (afinal, o tempo sempre passa, para o bem e para o mal) e ele voltou à vida como colunista ultimamente. Mesmo assim, é muito raro ele ficar com mais que um texto por semana. Alias, ele sequer é mais o colunista mais prolífico do blog, já que as duas colunas de final de semana pertencem ao mesmo gênio das letras, Aloísio Villar.

Ainda tivemos no último ano um marco para o blog: a mudança de plataforma. O fato de ter uma plataforma própria propicia uma maior liberdade no layout do blog, que ficou muito mais agradável e com as várias colunas dispostas em uma fileira à direita. [1]

Isso facilitou na visão de transformar o blog em uma Revista Eletrônica, o que ele já era de fato há tempos. Além do mais, o leitor ganhou um canal de comunicação direta com os colunistas, já que vários deles, inclusive eu, ganharam e-mails próprios a fim de se comunicar com o leitor e melhorar a experiência de ser um “cliente” Ouro de Tolo. Tenho certeza que daqui a três ou quatro anos, nos próximos textos comemorativos do aniversário do blog, esta mudança será bastante mencionada.

Para corroborar minha visão do aumento da robustez do blog, devo ressaltar o fato de que, se antigamente era dificílimo para o blog manter apenas uma atualização diária, já tivemos vários dias onde o blog recebeu duas atualizações no mesmo dia, ambas com a qualidade exigida, e não houve comprometimento da continuidade da atualização diária. Alias, em toda a semana na qual comemoramos a mudança de plataforma, houve duas atualizações diárias.

Feliz aniversário, Ouro de Tolo! Que mais e mais quatro anos se juntem a já sua “inusual” história.

[N.do.E. 1: o blog ganhará novo layout muito em breve]

One Reply to “Made in USA – “Mais um ano se passou…””

  1. Com atraso (eu também ando totalmente sem tempo essas ultimas semanas), mas deixo aqui meus Parabéns ao “Ouro de Tolo”. Eu como leitor desde praticamente o inicio do blog pude ver como isso aqui cresceu, em numero de leitores, em qualidade visual, em qualidade de colunistas. E felizmente o conteúdo (que é o mais importante) continua de altíssimo nivel. Parabéns a todos!

    Obs: Esse ano não teve sorteio da camisa do Flamengo hein…, ficou faltando, rsrsrs.

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