Major Luiz Alexandre, 13 anos de Polícia Militar, hoje ocupando importante cargo no 23º Batalhão (Leblon). Acompanho seu trabalho em busca da moralidade na Polícia no Twitter e também as desventuras por expor seus pensamentos na mesma rede social. 

O Major é o nosso entrevistado de hoje da coluna Jogo Misto, em edição especial. Reitero que as opiniões expostas aqui não representam a posição oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

1 – Na opinião do senhor, porque a corrupção nas Polícias é tão endêmica? O que leva a esta situação? Qual a percentagem da corporação que está imune a este tipo de prática? 
LA: A corrupção nas polícias é endêmica porque retrata a corrupção na nossa sociedade. Temos uma sociedade extremamente corrupta, onde não há o honesto e o desonesto, mas o esperto e o otário. 
A polícia somente espelha a nossa sociedade. Já vi, quando à paisana, policiais agindo corretamente e, quando saíam, as pessoas reclamavam por terem feito o certo. 
A polícia não forma caráter, ele já vêm da família. A polícia forma, mal e porcamente, policiais. Como mostrar a esse homem que entra na polícia que ele não pode ser corrupto quando, ao olhar em volta, para cima e para baixo, é só o que vê? 
Como evitar que o policial não deixe de aplicar uma infração de trânsito por dinheiro quando ela é muitas vezes “quebrada” pelos superiores por pedidos de políticos ou de amigos? 
Como evitar que um policial recém-formado não se envolva com o crime quando a maioria absoluta dos membros das corporações policiais está envolvida, inclusive superiores com as maiores patentes e cargos? 
Não há imunidade para a corrupção em uma estrutura corrupta, mas há somente força de vontade. Há alguns anos ouvi de um soldado (honesto), com alguns poucos anos de polícia, que assim que entrou na PM a esposa perdeu o emprego. Ele disse que devido às dívidas chegou a não ter o que comer em casa. E levava a família (esposa e filho) para fazer as refeições no Batalhão. E confidenciou: “Era muito duro. Enquanto eu via dinheiro rolando nas mãos de todo mundo no batalhão, eu não tinha o que comer em casa com minha família.”. 
Isso é força de vontade, superação. Mas como imunizar alguém que não supre suas necessidades básicas e da sua família (pirâmide de Maslow) contra a corrupção? Principalmente quando o que ele vê é a generalização da corrupção garantida por uma impunidade estrutural. 
Minha opinião particular é que a grande maioria dos membros das polícias é corrupta. Mesmo os que não levam dinheiro, fazem vista grossa e deixam os outros levarem para terem vantagem em alguma outra coisa. 
2 – O que poderia melhorar a situação de trabalho da corporação?
LA: Não há time bom, bonito e barato. Segurança Pública só se faz com investimento. Investimento não só em equipamentos, mas principalmente nos homens que os operam.
É essencial em qualquer empresa ou em qualquer serviço que se queira sucesso das ações uma mão de obra qualificada. As polícias do Rio são exatamente o revés dessa máxima. Contratamos qualquer coisa, porque pagamos um péssimo salário para um serviço muito perigoso e desvalorizado.
Não há como falar em melhora nas polícias sem que haja uma seleção intelectual rigorosa de seus funcionários. Hoje, quem quer ser policial militar no RJ? A PMERJ é a empresa que mais contratou nos últimos 12 anos no estado. E contratou bem? A resposta a sociedade pode dar. É o que está nas ruas.
Investimento no homem é imprescindível para uma mudança real. De que adianta se ter um caveirão de R$ 500 mil, uma moto de R$ 80 mil ou um helicóptero de R$ 5 milhões se o homem que trabalha com eles mal tem dinheiro para pagar o aluguel e o supermercado? No final das contas, quem atende ao cidadão é o policial, não o equipamento adquirido. 
Nenhum governo do Rio de Janeiro, nos últimos 30 anos, investiu no homem. Pelo contrário, ou investiu em equipamentos ou, como no último, em marketing.
Os simplistas usam aquelas velhas frases: “Salário não é garantia de bom serviço” ou “Já sabia quanto ia ganhar quanto entrou” ou “Pelo serviço que temos tá muito bem pago”. Essas frases pouco inteligentes apenas legitimam o estado atual e dão mais força para os governantes usarem a fórmula dos últimos 30 anos. Contrata qualquer coisa que tá bom. E chegamos aonde estamos… 
Salário não é garantia de bom serviço, realmente, tampouco impede a corrupção. Mas é mais fácil contratar um bom profissional pagando bem ou pagando mal? É mais fácil corromper alguém que não tem dinheiro para pagar o colégio das crianças ou comprar um carro, ou alguém que consegue dar segurança à família e não se endivida com empréstimos? 
Obviamente, o bom salário irá provocar mudanças em médio prazo, somado com uma corregedoria forte que faça uma faxina nas polícias. Começando de cima para baixo e não ao contrário.
Na Polícia Militar o policial precisa ter um pensamento mais policial que militar. Sempre aqui no Rio foi o contrário, o que facilita a corrupção, as ordens ilegais, o medo e a perseguição. 
Na Polícia Civil a figura do delegado – cargo que só existe no Brasil – figura como ponta oposta aos policiais, agindo de forma hierarquicamente impeditiva que outros agentes combatam a corrupção, pois não têm o poder e a força do Inquérito.
3 – A população tem a sensação de que os verdadeiros “chefões” do crime não estão nos morros, mas sim nos bairros abastados, na própria Polícia e na política. Esta percepção é verdadeira? Por quê? 
LA: Óbvio que não estão nos morros. Chega a ser hilário o que a imprensa nos fez acreditar nos últimos anos. 
Como imaginar que alguém que mal tem o 1o grau, que mal sabe falar ou escrever o português, conseguiria contatar internacionalmente grandes traficantes de drogas e armas? Como negociar em inglês para trazer dez fuzis M-16 ou AK-47? Como negociar e fazer passar na fronteira, nas estradas, até entrar na favela, toneladas de cocaína e outras drogas?
Os contatos, como já foram amplamente divulgados na imprensa, são realizados por políticos, empresários e policiais. Há anos ouvi de um assaltante de banco que “não há crime sem polícia envolvida”. E aqui no Rio de Janeiro isso parece ser uma verdade. Mas obviamente envolve muito mais que meros soldados, agentes, delegados ou coronéis. 
4 – De que forma poderíamos melhorar a formação do policial e torná-lo mais “imune” à corrupção e ao crime? Ou somente “fechando e recomeçando do zero” é que resolve? 
LA: A corrupção sempre existirá. Em qualquer país, mesmo aqueles com sociedades muito mais evoluídas, ela existe. A corrupção no Brasil existe entre juízes, promotores, governadores, políticos. Sempre foi notório e a Polícia Federal tem conseguido demonstrar indiciando e prendendo alguns nos últimos anos. 
O que se precisa fazer é minimizar (pois é impossível impedir) as possibilidades do agente realizá-la (corrupção). Isso se dá, primeiro, com vontade política. Qual político corrupto vai querer uma polícia incorruptível, que poderá acabar prendendo ele próprio? Em segundo, quer queira, quer não, com um salário digno. Em terceiro, necessariamente, precisa haver força de vontade e leis para que corregedorias sejam órgãos independentes.
A corrupção haverá sempre, mas o corrupto tem que ter medo de ser pego. Hoje eles não têm mais esse medo. Mesmo quando pegos, depois de muitos anos de roubalheira, ficam um ou dois anos na cadeia (quando ficam) e são soltos para aproveitar o que roubaram.
O caso da Colômbia é um exemplo para nós. Investiram em salário, formação, capacitação e correição. Mais de 50% dos policiais colombianos foram demitidos. Hoje a polícia da Colômbia é de primeiro mundo. Há gente pensando polícia, não apenas meros empurradores de fuzis, que é a cultura do Rio para o bom policial.
5 – O senhor assumiu uma função de responsabilidade em um batalhão com fama de “problemático”. Que medidas foram tomadas a fim de sanear os desvios de conduta?
LA: Não posso falar nas atitudes que ainda estamos tomando. É uma tarefa árdua agir em locais que há anos não estão acostumados com o controle. Afinal, falta de controle é o fator que melhor colabora com a corrupção. Quanto menos controle, mais difícil é pegar quem está fazendo besteira. E não é uma pessoa sozinha que irá conseguir exercer esse controle, mas um grupo com unidade de pensamento. 
O que se pode afirmar é que sem apoio do Comando Geral da Corporação é impossível qualquer mudança, em qualquer batalhão.
6 – Em sua opinião, o que seria combater de forma eficiente a criminalidade? Melhoria de opções de emprego auxiliam na questão? 
LA: Aí teremos que tocar no tema UPP. O que teria que ser claro à população e não é, devido ao fator eleitoral, é que UPP não é solução para violência. Ela seria NO MÁXIMO um meio para isso. 
Ocupação policial é um mero band-aid de criminalidade. Em qualquer país do mundo que tenha bairros com focos de criminalidade, se colocar 100, 200 policiais, irá reduzir essas estatísticas em um primeiro momento.
O problema é muito mais complexo, porque uma ocupação policial não se sustenta por longos períodos. Além da corrupção, que já sabemos ser endêmica nas polícias, os próprios marginais irão inovar nos crimes e formas de cometê-los com o passar do tempo. 
O combate à violência no Brasil passa pela mudança do quadro social nas favelas, principalmente no setor educação. Um país só muda com educação, não com policiamento.
7 – O que o senhor considera sobre o “bico” que muitos policiais fazem? 
LA: O bico é proibido por regulamento, e que poderia ser até mesmo considerado crime militar. Aliás, em Minas Gerais o policial que é pego fazendo bico responde processo por crime militar. 
O Comando das polícias deixou os bicos existirem no Rio de Janeiro em alinhamento com os Governos. Como estes últimos nunca quiseram pagar um salário digno, porém o medo de uma greve é sempre uma sombra, o bico passou a ser aceito. É mais ou menos assim: “eu pago mal mesmo, mas o cara se vira para complementar a renda e eu finjo que não vejo”.
Infelizmente, aliado a isso, temos grandes empresas de segurança particular na mão de oficiais e delegados. Como eu posso querer como funcionário policial que a segurança pública seja um sucesso se o meu negócio particular é a segurança privada, que depende do insucesso da primeira? Resumindo, se a segurança pública for excelente, a segurança privada perde. Os interesses públicos (dos agentes) e privados (dos empresários de segurança) são antagonismos. Como podem ser a mesma pessoa? Além do que, delegados e oficiais usam de sua influência para amealhar facilidades nos setores de segurança pública.
Chegamos ao ponto de termos uma reportagem no Globo sobre o Batalhão da LIESA, envolvendo diversos policiais militares, grande parte oficiais, alguns do último posto na Corporação – que até hoje não teve um punido. Provavelmente, se fizerem essa reportagem novamente, teremos os mesmos resultados.
Por mim acho que o salário deveria ser digno e o bico deveria acabar. Mas parece que no Rio é exatamente ao contrário que irá acontecer, pois o Governo quer liberar e oficializar o bico, para continuar pagando mal.
8 – Pergunta de cidadão: para que servem as “blitzes”? 
LA: Achar drogas, armas, carros roubados, pessoas com mandados de prisão, pessoas sequestradas, assaltantes de ônibus, além da possível fiscalização de trânsito. Acredito que deve ser usada com moderação para diminuir índices criminais específicos. E é o que estou fazendo no 23o Batalhão.
9 – A Lei Penal, em sua opinião, é adequada? O senhor é a favor da pena de morte oficializada? Por quê?
LA: Sem dúvida não é. Temos uma lei fraca, que deveria ter mudanças inúmeras. Escreveria um livro só das mudanças. Pior: os Governos não querem investir e preferem tornar a Lei Penal e a Lei de Execução Penal mais maleáveis para ter menos custos.
Além disso, como já mencionei, segurança não se faz com polícia, com leis bonitas e com prisões, se faz com mudanças sociais baseadas na educação. Cada dólar investido na prevenção (educação) economiza-se sete dólares em repressão.
Não sou a favor da pena de morte no Brasil. Aqui só seriam condenados os pobres. Existem homicidas famosos, como é caso do jornalista Pimenta Neves, que quase onze anos depois de ter matado a namorada Sandra Gomide, ainda não foi preso, mesmo tendo sido condenado em 2006. Ele, por exemplo, nunca seria condenado à morte.
10 – Por quê muitos cidadãos que sabemos que estão envolvidos em atividades ilícitas não só não são importunados como ainda tem posições de destaque na sociedade? 
R: Porque a sociedade é corrupta, que cria agentes políticos corruptos, que cria polícias corruptas.
11 – O senhor vem enfrentando procedimentos disciplinares devido a seus comentários no Twitter. Resumidamente, o que está se alegando ? Seria uma forma de censura? 
LA: Eu vejo como forma de censura, sim. Acredito que minha atividade profissional não pode fazer com que eu perca direitos fundamentais expressos na Constituição Federal. Um mero regulamento disciplinar não pode se sobrepor à ela.
Eu tenho o direito de expressar minha opinião e não sou um anônimo. Se eu cometer crimes, expressos em leis penais, que seja punido por eles, mas não poder dizer o que acho sobre minha profissão e minha instituição porque incomoda quem está no poder, e eles usarem um regulamento da época da ditadura, ao bel prazer, para me calar, é censura.
Com 13 anos de polícia minha ficha era limpa. Nunca havia sido punido por nada. Sempre pautei minha conduta nos preceitos morais de honestidade e honra. No atual comando, exercido por um coronel que também tinha um Blog e sempre se expressou como um defensor do direito de opinião, fui punido, até agora, com 45 dias de prisão por escrever o que penso no twitter. Não lembro de muitos oficiais com 45 dias de prisão em suas fichas.
Estou me defendendo na Corregedoria Unificada por ter, em 2008, feito postagens no meu blog que denunciavam crimes graves cometidos por agentes da polícia civil, um delegado, um bombeiro e PMs. É o cúmulo do absurdo!! Acho que só no Brasil e alguns poucos países sem democracia isso acontece. Quem denuncia os crimes é que acaba sendo investigado e punido por denunciá-los.
Os regulamentos são usados ao bel prazer das autoridades. Na última punição que tive essa semana, de 25 dias de prisão, fui acusado de ter cometido diversas transgressões ao Estatuto da PM. Anexei vários vídeos à minha resposta onde oficiais fardados, e em quartéis, faziam propaganda política no programa eleitoral de Sérgio Cabral, o que também é proibido pelo mesmo estatuto. 
Me pergunto se esses oficiais que transgrediram o mesmo estatuto, quem os deixou usar as dependências dos quartéis para as filmagens e as autoridades que viram isso na televisão e não fizeram nada também serão punidas. Ou seja, o regulamento é para todos ou só para quem fala mal?
12 – Afinal de contas, qual foi o objetivo da megaoperação no Complexo do Alemão?
LA: Dar uma resposta ao desespero de ter uma cidade inteiramente sitiada por marginais. Há anos ninguém entrava no Alemão. Tinha virado um bunker e como era na Zona Norte o interesse era pouco em resolver. Acreditavam que as consequências eleitorais não valeria a pena. Os atentados legitimaram a ação pelo apoio de uma população desesperada.
Se lá tivessem morrido 200 pessoas estaria legitimado, como também foi publicamente legitimado (via RJ-TV) a invasão das casas sem mandado de busca.
13 – O que o senhor faria se fosse Secretário de Segurança Pública?
LA: A primeira coisa que faria era acabar com o jogo de bicho e as máquinas caça-níqueis. Esse sim é o crime verdadeiramente organizado do Rio de Janeiro. Ele envolve muita corrupção, muitas guerras e muitas mortes. 
A ordem seria simples: se eu passar na rua e ver, ou a Polícia Federal apreender algo na área integrada, o comandante do Batalhão e o Delegado serão exonerados. 
A segunda seria (se houvesse) tirar todos os comandantes e delegados envolvidos em ilícitos e investigar o que se sabe deles. Nem que colocasse tenentes e delegados de 3a comandando batalhões e delegacias, mas teria o máximo de gente honesta comandando. E pode ter certeza que um bom policial, com a estrutura de inteligência na mão, sabe quem é quem. 
Depois lutaria por mudanças estruturais nas polícias, como salários, bicos, escalas, etc.
14 – O que o senhor pensa a respeito da literatura disponível sobre segurança pública? Livros como a série “Elite da Tropa” e “Sangue Azul” refletem de forma adequada a realidade? Ou é peça de ficção? 
LA: Muita, mas muita coisa é a realidade. Os autores podem não ter vivido aquelas histórias, mas com certeza ouviram de quem viveu. Aliás, o último livro Elite da Tropa descreve a Operação Guilhotina – gostaria de saber como, a propósito. E o primeiro livro fatos conhecidos do Governo anterior a esse.
Infelizmente o foco do filme caiu na Polícia Militar, que não é a única vilã dessa estória (ou seria com h?). A Polícia Civil também é, e foi bem demonstrado pela Operação Guilhotina.
15 – Um livro inesquecível. Por quê?
LA: O Mundo de Sofia. Se me permite, por essa parte que ele é inesquecível: 
“Um coelho branco é tirado de dentro de uma cartola. E por tratar-se de um coelho muito grande, este truque leva bilhões de anos para acontecer. Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pêlos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho. E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pêlos, lá em cima. Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existência. Alguns deles não chegam a concluí-la, mas outros se agarram com força aos pêlos do coelho e berram para as pessoas que estão lá embaixo, no conforto da pelagem, enchendo a barriga de comida e bebida: 
— Senhoras e senhores — gritam eles —, estamos flutuando no espaço! 
Mas nenhuma das pessoas lá de baixo se interessa pela gritaria dos filósofos. 
— Deus do céu! Que caras mais barulhentos! — elas dizem. 
E continuam a conversar: será que você poderia me passar a manteiga? Qual a cotação das ações hoje? Qual o preço do tomate? Você ouviu dizer que a Lady Di está grávida de novo?”
E eu acho que tento me agarrar nos pêlos e gritar para os outros o que está acontecendo. Porém, como no livro, eles só me acham um barulhento. E não ligam muito…
16 – Uma canção inesquecível. Por quê? 
LA: “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. Por que ele demonstra toda a sua indignação e esperança de uma forma incrível, através da música. “Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”. 
17 – Livro ou filme? Por quê?
LA: Filme. Pela agitação e falta de tempo da vida moderna. 
18 – Que recado o senhor daria para o cidadão carioca?
LA: Tomem como exemplo o Egito e a Líbia. O Cidadão pode mudar o rumo da política e dos países. Assumam suas responsabilidades e façam essa mudança.
19 – Finalizando, com os agradecimentos do Ouro de Tolo, algumas poucas palavras sobre o blog ou seu editor/autor. 
LA: Agradeço a oportunidade de escrever o que acho de segurança pública. A mídia prefere as roupas pretas e a pirotecnia do que o pensamento e a lógica. Você, como cidadão, está agindo diferente. 

12 Replies to “Jogo Misto – Major Luiz Alexandre”

  1. Sensacional entrevista, Migão!

    Lapidar. De cima a abaixo a coisa está toda podre!

    Caras como o entrevistado deveriam assumir cargos de maior responsabilidade pois não tem medo de por a cara a tapa. Indivíduos como ele são Raríssimos!

    Obrigado pela postagem!

  2. Muito lindo Major, mas não é prendendo donos de bares que contenham máquininhas ou funcionários de bingo que estão ali servindo cafezinho, que o Senhor irá mudar o Rio não!!
    Engraçado, todos nós(contando com o Senhor) sabemos quem é que ¨manda¨ nos locais e não acontece nada, aliás mais fácil mesmo é enquadrar o funcionário no art. 50, este mesmo penar na justiça, do que atravessar a rua e prender os responsáveis que lá encontram-se já em atividade para resgatar as máquinas.
    Me poupe Major!!!

  3. Muito bonita Maj suas respostas sobre as perguntas, mas o Sr estar num batalhão que a chefe da P/ 1, assumi o cmt numa semana e na semana seguinte vende todo policiamento do carnaval, o Sr acha isso correto, pq não evitou.

  4. Parabéns! Ao major em especial, pelo destemor e franqueza e é claro, também gostaria de parabenizar o blogueiro pela coragem em publicar opiniões que nem sempre vão de encontro ao senso comum, como os comentários anônimos atestam…

    A sociedade brasileira está apodrecida e os policiais são apenas frutos da mesma. Ano passado, durante a realização um curso de conversação em Inglês, tive contato com um grupo de missionários americanos da cidade de Chicago, Illinois (terra de Al Capone). Falando sobre as diferenças culturais entre os dois países, o que mais chamava-lhes a atenção era nossa capacidade de conviver tranqüilamente com o ilícito, com o errado, com o mal-feito, o que costumamos chamar com um ponta de orgulho de “jeitinho brasileiro”. Eles simplesmente não conseguiam compreender essa maleabilidade típica do nosso pensamento (o qual sou obrigado a admitir que compartilho, pois como o policial, também sou um produto do meio…) O ser social determina o pensamento, disse Marx.
    Precisamos urgentemente investir em Educação, essa é a única saída a médio, longo prazo para esse caos em que estamos mergulhados.

  5. Concordo que oficiais como ele sao poucos, mas acho que pode fazer mas pela sua unidade, pois é oficial superior e poderia evitar muitas coisas. Ja que é contra a corrupição interna poderia evitar muitas coisas, como por exemplo o q aconteceu no carnaval, o policial cheio de denuncia que vende o policiamento fazer a escala juntamente com a maj p/1, o praça é preso em ipanema recolhendo o dinheiro do transporte alternativo, mas os oficias não aconteceu nada , pois só mandavam o bucha do praça fazer.(tem como evitar esse tipo de crueldade com os praças?)

  6. Maravilhosa entrevista, gostaria que dez por cento da policia pensasse assim, ja seria um bom começo, infelizmente, como ja falei, a situação é tão grave, que a corrupção começa na própria academia. Somos filhos sem pai.

  7. Só gostaria de avisar o senhor, pra tomar cuidado, porque o Cel. Milan ainda esta no comando e o Major Bastos mora pertinho do 23° bpm, são mafiosos da pior espécie e podem lhe fazer judaria. E ainda tem o Marcus Abud, perigosíssimo…

  8. Parabéns pela entrevista . Infelizmente temos poucos oficiais decentes como voce, no 23 BPM e nos outros batalhões. Nao esmoreça, pois existem outros oficiais e pracas honestos e com caráter na PMERJ e no proprio 23

  9. é major ,tá precisando vir trabalhar na 1ªcia do 33 ,acabar com uns sploafados que existem lá ,plicai corrupta cpitao cmt de cia todos envolvidos na sacanagem e proteçao as figuras q são tratados como os bons ,trazem qsj.

  10. Em 2008 o delegado Marcus Neves foi subornado por uma milícia para enfraquecer outra. Para executar o crime ele incorporou dois militares da milícia que o havia subornado, Gaguinho e Escangalhado, as fileiras da polícia civil, o bombeiro gaguinho chegou a ser preso em frente a sede da polícia civil portando um fuzil da Polinter, dentro de uma viatura da polícia mesmo sem estar cedido ao órgão.

    Caso para processo, demissão e prisão do delegado Marcus Neves. Mas é claro que com toda a cúpula da segurança pública do Rio envolvida em corrupção o caso foi arquivado.

    O único a ser preso será o Major PM Luiz Alexandre, que sequer denúnciou o caso, apenas repercutiu notícias dos grandes meios de comunicação em seu blog, falando sobre a atitude no mínimo nebulosa do delegado Marcus Neves.

    Alguém ainda acredita em segurança pública séria e honesta no Rio de Janeiro?

  11. Anônimo: É muito gratificante ter pessoas que pensam em segurança pública de forma eficaz e inteligente.Necessitamos quebrar paradigmas a respeito do tema. Só se faz um serviço com plena excelência com dominio de conhecimento e bons salários. Sei que os Pms do Rio necessitam de um salário digno e não de se tornarem novos ricos. Mas é muito dificil né major.Acho que vcs não são herois socias no qual pensam muitos e sim vitímas sociais de um Sistema sujo e hipócrita. A minha opinião é que pessoas boas como o senhor não merece estar nesta Coorporação, pois o que vejo nada vai mudar e entre a profissisão e a vida prefieriria a minha vida . POis o que vejo o senhor é só mais uma vitímas na mãos de pessoas com interesses tão escusos. Boa Sorte! Abraços!

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