Recebi hoje a confirmação de uma notícia lamentável. O Moto Club de São Luís, um dos principais clubes do Maranhão, dono de imensa torcida, encerrou as atividades no futebol profissional neste último dia 27  de agosto. A diretoria do Moto declarou não ter mais condições para manter o time diante das demandas do futebol atual [leia-se: falta grana].
Lamentável, rigorosamente lamentável , mais esse capítulo da transformação do futebol brasileiro em um ramo do big business, da consolidação dos clubes como valhacoutos de escroques travestidos em empresários e da proliferação de jogadores-celebridades desvinculados da história e das tradições dos times.
Morre o Moto no momento em que morrem também as camisas dos clubes, mantos sagrados transformados em vitrines de exposição de toda a sorte de produtos: telefonia celular, pomada de vaca, plano de saúde, leite condensado, funerária, montadora de automóvel, empresa da construção civil e quejandos. Dia chegará em que os escudos serão tirados da camisa para sobrar espaço pra mais um jabazinho e ninguém perceberá.
Morre o Moto em nome da gestão empresarial, da modernização dos estádios, do estatuto do torcedor, dos fabulosos investimentos para a realização da Copa de 2014, dos técnicos com salários de quinhentos mil reais, dos bandidos da bola e dos apóstolos dos gramados e seus moralismos de ocasião. 
Morre o Moto como corre o risco de desaparecer a tradição do tambor de crioula do Maranhão. Nas palavras de um velho tambozeiro que conheci em Alcântara, os lugares onde se podia escutar o tambor são agora destinados ao reggae, para a alegria de moderninhos e antenados que vêem em qualquer mistureba uma prova de vitalidade cultural. Viva o moderno e que se dane o eterno, goza o deus mercado.
Morre o Moto como pode morrer a Casa das Minas, venerável matriz da religiosidade afro-maranhense. As moças mais novas, dizem as velhas do tambor, não se interessam mais pelo legado de voduns e encantados e não há mais tempo disponível para o longo aprendizado do mistério demandado pelo Tempo maior.
E alguém, por acaso, sugere o que deve fazer o torcedor do Moto?  Escolhe outro clube, com a naturalidade de quem muda de roupa e troca um objeto quebrado pelo novo? E os senhores de setenta e poucos anos que viram e viraram Moto durante a conquista do título da Copa Norte-Nordeste de 1947 e do Torneio Campeão dos Campeões do Norte em 1948?
E a nova geração – os netos dos fundadores e torcedores  do velho  Moto Club, o Papão do Norte, Rubro-Negro da Fabril – torcerá para quem?  É simples. Os moleques torcerão, evidentemente, pela Inter de Milão, Barcelona ou Milan. Viva a globalização! Ou, na melhor das hipóteses e como é comum ocorrer, pelos clubes grandes do sul maravilha. Mas, ai deles, não terão o pertencimento que só o clube da aldeia é capaz de proporcionar.

O velho torcedor, e como é duro constatar isso, está morrendo. Em seu lugar surge o cliente dos tempos do futebol-empresa. Somos agora, os que queremos apenas torcer pelo time, tratados como clientes nos estádios, consumidores em potencial de jogos, pacotes televisivos, produtos com a marca da  patrocinadora e outros balacobacos.

Morre o Moto como morre a aldeia, a terra, a comida da terra, a várzea, a esquina e o canto de cada canto. Morre o Moto como amanhã dançará, no corpo da última sacerdotisa do Tambor de Mina, o derradeiro encantado em pedra, flor, areia e vento da praia do Lençol.
Morre o Moto como morrerá, em alguma madrugada grande, o último tocador do tambor de crioula e com ele a arte de evocar no couro a memória dos mortos. Ninguém saberá como bater o tambor que convida os ancestrais a bailar entre os vivos. Seremos apenas – e cada vez mais – homens provisórios, desprovidos da permanência que só a ancestralidade e a comunidade garantem.

Morre o Moto enquanto se desencanta o mundo.

45 Replies to “MORRE O MOTO”

  1. Um belo enfoque dos já destroçados atos insano dos dirigentes, as pomposas grandes empresas e da mídia brasileira.
    Parabeniso mais uma vez, estás dando voz aos torcedores e povo do Maranhão.
    Abraço

  2. É triste. Quando digo que existe uma campanha para o fim do futebol de verdade, alguns torcem o nariz. Agonizam clubes do tamanho e tradição do Santa Cruz enquanto clubes-empresas que trocam de nome jogam a primeira divisão, como o Grêmio Ex-Barueri.

    Em pouco tempo só nos restarão as memórias.

  3. Luis Antonio Simas:

    Diante de suas palavras, me senti envergonhado por acreditar que a morte do Moto Club passaria em branco no cenário mambembe-tupiniquim. Parabéns pela inspiração. A sobrevida do Rubro-Negro da Fabril está justamente em iniciativas como a sua!

    Grande abraço!!!

  4. Morro um pouco também. Primeiro jogo que assisti num estádio foi Moto Clube X Cruzeiro. Eu fui com a “equipagem” do Moto, meu primo Júnior foi com a do Cruzeiro. Eu tinha 9 anos e meu primo 7. O Cruzeiro tinha um timaço, uma seleção, comandada por Dirceu Lopes. Sim eu vi Dirceu jogar e até hoje me lembro. Cruzeiro 3 X 0.
    Saudades do meu primo e do Moto. Os dois estão mortos.

  5. Caro Simas,
    a notícia é lamentável mesmo, para mim pessoalmente: a primeira vez que pisei no Maracanã foi em 82 ou 83 para assistir a um amistoso entre Flamengo e Motoclube, levado por um tio-avô que queria me fazer rubro-negro. E a lembrança dessa tarde é tão impactante que é estranho saber que agora o time simplesmente não existe mais… Parabéns pelo blog e saudações alvinegras

  6. LUCIDREIRA, tenho pelo Maranhão e seu povo enorme simpatia. Abraço.

    É, meu mano FAVELA, esse negócio do Moto me deixou mesmo com uma impressão de fim da linha. Tá feia a coisa. Saudade!

    ORLANDO, a tendência agora é essa. Somos todos clientes e olhe lá. Mas vale a grita, sempre. Abraço.

    VICTORINO, botar a boca no trombone nessas horas é mais que urgente. Abraço

    DIEGO, meu amigo, saravá!

    DUNCAN, meu camarada, imagino mesmo como você, com forte ligação com o Maranhão, deve se sentir com essa história toda. Abração!

    PAULO, caríssimo, é um prazer tremendo te ter por aqui, lendo essas coisas brasileiras que gosto de escrever. Seja bem chegado, sempre.
    Saudações alvinegras!

  7. Professor Simas, peço licença para tomar sua bela elegia ao Moto Club como mote para um desabafo. Em geral, tendo a ver com ceticismo os discursos que sempre sugerem que antanho as coisas eram melhores ou mais autênticas. Sou um anti-saudosista convicto. Mas, no caso do futebol, não há como ter mais de 35 anos de idade e escapar dessa conclusão. Leio o seu blog há algum tempo, e acho que entendemos o futebol mais ou menos da mesma forma: ele não é só uma parte da nossa história, mas componente essencial da nossa alma, atividade que diz muito sobre quem somos, sobre o nosso lugar no mundo. Sempre achei que o futebol e a música popular são os nomes da nossa inscrição na eternidade. E é esse pedaço da nossa alma que foi sequestrado, capturado por pseudo-empresários, cartolas corruptos e uma emissora de TV que nos impõe, por exemplo, um futebol-boate no meio da semana, ao qual trabalhador nenhum tem condições de assistir ao vivo. Hoje é o Moto Club, amanhã pode ser o Botafogo ou o Galo, transformados em chocadeiras de jogadores para algum time-empresa da segunda divisão da Ucrânia. Não sei onde vamos parar e não vejo saída no horizonte. Um forte abraço deste seu leitor.

  8. Excelente crônica desabafo, meus parabéns. Não sou torcedor do Moto (não sou sequer maranhense, embora admire profundamente a cultura daí e, em matéria de futebol, simpatize com o Sampaio), mas a situação é mesmo triste. Ainda mais triste quando se vê a resignada acolhida que notícias deste tipo têm entre nós.
    Enfim… Que venham dias melhores – sim, sou um otimista incorrigível.
    Abraços!

  9. PROFESSOR IDELBER, concordo inteiramente. O futebol e a música popular desvelam boa parte do que somos, os brasileiros, e queremos no mundo. E o que está acontecendo é rigorosamente inaceitável e, aparentemente, irreversível. O fim do Moto está passando batido, mas é um dos fatos mais tristes e preocupantes deste 2010.

    Saudações alvinegras e abraço forte desse seu leitor e admirador.

    EDUARDO, que os deuses do futebol te ouçam, meu caro. Abraço.

  10. é uma merda, professor, os tempos difíceis que estamos presenciando no futebol brasileiro.

    não se ouviu uma queixa nessa trágica estória do moto. um lamento, siquer.

    e como ficam as lembranças dos craques birungueta e croinha, eternos no imaginário popular do fortaleza esporte clube, que vieram do glorioso moto, hein?

    que merda, professor.

    abçs

    carlos anselmo-fort-ce

    carlos-fort-ce

  11. Valeu, Carlos. Saudações!

    Ô Purple Man, valeu pelo elogio. seu time, a Lusa, tem o segundo escudo mais bonito de um clube brasileiro. Só perde mesmo para uma certa estrela solitária.
    Sei quem é o L.P. Simas, mas não somos irmãos.

    Abraço!!

  12. Eu vi, com meu pai, esse jogo em 1983:

    C.R. Flamengo 1 x 1 Moto Clube (MA)
    Campeonato Brasileiro
    30/01 – Estadio: Maracanã – Rio de Janeiro
    Time do Flamengo: Raul, Leandro, Figueiredo, Marinho, Júnior, Andrade(Júlio Cesar Barbosa), Vitor, Zico, Robertinho, Baltazar e Edson.
    Gol: Zico.
    Público: 23.774

    Acho que é o mesmo que o Paulo viu, mas não era amistoso não…

    Abraço!

  13. Prezado Simas, devo admitir que faço parte do grupo dos que já se desencantaram com o futebol há muito tempo (mais precisamente, desde a final da Copa de 1998). Mas achei comovente seu texto, que fala como um povo vende sua alma em suaves prestações. Parabéns!

  14. E viva o Rei do Brasil, Ricardo Teixeira!

    E viva a Rede Globo!

    São eles que estão acabando com o futebol do Norte-Nordeste do BRasil.

    Tudo bem que os cartolas locais, antas de plantão, ajudam a afundar os clubes pela inapetência.

    Porém a cbf/Globo não organiza um calendário de competições que dure o ano inteiro.

    Eles não organizam um calendário para que seja dada oportunidade de recomeço aos clubes que chegaram ao fundo do poço.

    Além da omissão, a cbf faz questão de exterminar qualquer competição que represente um alento financeiro para os clubes. O Camp. do Nordeste é o melhor exemplo disso, é a Mina de Ouro dos clubes da região, está sendo retomada no peito e na raça, mas a madrasta faz de tudo para boicotá-la.

    Porque as Séries C e D não duram a temporada toda? Semana passada encerrou a 1a fase da Série D e já vemos vários clubes fechando para balanço e esperando 2011.

    Por que não dar ao Moto Clube e a outros clubes sem-divisão a oportunidade de começar do zero após anos de má-gestão?

    Faz sentido construir estádios ultramodernos em Cuiabá, Brasília, Manaus e Natal se nesses estados os clubes a duras penas almejam jogar na Série B?

  15. Até agora não acredito, sou paulistano torcedor da Portuguesa de Desportos e viciado em futebol de botão, e tenho o grande Moto Club, espero que alguma empresa ou alguém consiga reverter essa situação, como fica a torcida do Moto?

  16. Caro Luiz, maravilhoso seu texto, o Rio Branco,de Americana-SP, clube da minha cidade,está no mesmo caminho, venderam a sede social para pagar dívidas, que não tem fim, o estádio “Décio Vitta” foi municipalizado. Corre um boato aqui na cidade que um clube de empresários já teria negociado com a prefeitura para mandar seus jogos aqui. O que faremos? Mudamos de time? E a paixão, onde fica? As chuvas que tomamos, o frio que passamos, o sol ardendo na cabeça! Simplesmente acaba…

  17. Eu era só um garoto nos anos 80, quando sonhava em ser goleiro e treinava no time do meu bairro. O técnico tinha em seu currículo alguns jogos como reserva do Palmeiras, mas foi no Moto Club que havia brilhado como centroavante.

    Acho que acompanhei os últimos suspiros do futebol romântico, ao chorar a derrota do meu Palmeiras para a Inter de Limeira na final do Paulistão de 86. Eram tempos de camisas lisas e cores chapadas. A camisa do Palmeiras era verde garrafa, e não verde limão.

    Finalmente vi o Palmeiras ser campeão, com camisas listradas por imposição do patrocinador. O time havia perdido a alma? Talvez não: eram investidores italianos que escolheram o Palmeiras pois haviam palmeirenses na direção da empresa.

    Com o tempo, perdi o entusiasmo juvenil pelo futebol. Perdendo ou ganhando, os jogadores de hoje em dia tem um duscurso pasteurizado por empresários, assessores e conselheiros adjuntos.

    Fui recuperar a vontade de torcer e vibrar por um time quase que por acaso, ao pesquisar sobre a origem da minha família no norte da Itália. Encontrei o pequeno time de Cittadella, da região de Padova, que disputou o último campeonato italiano da série B com chances de subir.

    Meu sobrenome apareceu na camisa do time, graças a um empresário local, que deve ser parente distante meu. Entrei em contato com eles e fui muito bem recebido. Dei até entrevista para o jornal da comunidade como ilustre torcedor “brasiliano”.

    Acompanhei o time pela rádio da cidade, via Internet. Faltou um gol contra o Brescia para o sonho da série A virar realidade…

    Pensando bem, quem bom que o Cittadella, de camisa grená, não foi para a Série A. Eles teriam que contratar jogadores de fora. Então eu deixaria de torcer por jogadores que poderiam ser meus vizinhos, primos ou mesmo irmãos. Seria o fim da identificação com a aldeia.

    Proponho a criação de uma liga de futebol onde jogariam o Moto Club, a Inter de Limeira, a Ferroviaria e outros times que a modernidade – versus a eternidade – não deixa mais brilhar.

  18. Grande texto, Simas. Foi um prazer lê-lo.

    Torço para um time que, de celeiro de craques e grande força do interior, virou mero trampolim de jogadores e seus empresários para os grandes de São Paulo. Ainda assim, não há explicação, vamos ao campo para torcer pela Macaca. Talvez porque saibamos que escapamos por muito pouco do triste destino que agora acomete o Moto, e também porque não estamos livres de que isso aconteça no futuro.

    Ah, lembro de ter assistido a XV de Piracicaba e Moto Clube no Barão de Serra Negra na década de 90.

  19. Inspiradíssimo!
    Como neta de maranhense lamento o fim do Moto!
    Mostrarei o texto pra minha avó!
    Emocionante!

    Abraços

  20. Foi como tudo vai.. como o Mineirão que eu sempre vi pintado de preto e branco, em jogos vazios com 70 mil pessoas, agora ja nem cabe mais de 60, e nem isso vai, aliás, ia lá..pq agora o velho mineirão já é só uma estrutura com um enorme buraco no meio e um monte em volta.. vai virar estadio de primeiro mundo com cadeiras no lugar da geral e ingressos de 50 reais a arquibancada…

    Se eu que nasci no fim dos anos 80 e descobri a paixão pelo futebol nos 90 já me sinto mal por ver como anda meu time e meu estádio, imagino alguem que perde o time do coração,assim, de um dia pro outro..

  21. O fim do Moto Club representa o desaparecimento de um mundo, de uma cultura específica e da memória de um tempo. O pior é que a maioria das pessoas não percebe isso.

  22. Caro Simas, como torcedor da gloriosa Portuguesa de Desportos, quase tive essa mesma sensação de fim quando estivemos a beira do fechamento, caso em 2006 tivéssemos caído para a série C do Brasileiro, depois de despencar para a série A-2 do Paulistão, em virtude do cenário desolador em termos financeiros em que estávamos. Felizmente escapamos e nos reerguemos no ano seguinte, com dois heróicos acessos.

    É pena que o Moto Club, tão tradicional, mais um dos famosos times nordestinos que conhecia dos “gols do Fantástico” e dos escudinhos para botão da Placar (assim como o Auto Esporte de um grande amigo meu), não tenha essa mesma sorte e tenha de fechar as portas. Mas fica minha torcida para que eles possam se reerguer e reabrir suas portas, para não deixar órfãos seus fanáticos seguidores. Porque se por acaso a Lusa tivesse fechado as portas depois de 2006, eu ainda assim seria Lusa. Espero que os torcedores do Moto possam ser sempre torcedores do Moto. Um dia as coisas mudarão, tenham fé. O regresso será ainda melhor, porque certamente abnegados com competência para isso não faltarão.

    Quem sabe um dia podemos voltar a ter um Portuguesa e Moto Club pela 1ª divisão do Brasileiro, como foi em 1984, as únicas duas vezes em que se enfrentaram (em 5/fev em São Luís, vitória lusa por 1 a 0; em 29/fev no Canindé, vitória lusa por 2 a 0).

    E parabéns pelo belíssimo texto!

  23. Mestre;
    Dei boas gargalhadas com a estória da pomada de vaca, entretanto derramei muitas lagrimas tento em vista o trágico relato do fim do MOTO CLUBE.
    No Ceará em nome da modernidade, quase acabaram com o MARACATÚ CEARENSE, o qual tem sobrevivido pela força do povo, dos Deuses e de algumas figuras como o Calé Alencar e o Ednardo.

    Muito bom este artigo.

    Abraços

    Jairo

  24. O que estás lamentando é o irreverssível avanço da globalização que é, de modo também irreverssível, destruidora da comunidade e seus pilares. não há espaço mais para quem quer se comunar, mas sim consumir. “Consuma e viverás”, diz a globalização. o moto não conseguiu ser mais um produto, por isso morreu.

  25. DE: Paulo Gilberto (PeGê)
    ONDE: Patos (PB)

    Ninguém aprecia mais um bom texto do que o “locutor que vos fala”, e esse aí, meu caro, embora trate da tristeza que é a morte de um time de futebol, está magnífico – para dizer o mínimo.

  26. Que pena ! Isso é muito triste. E o time que eu amo colocou propaganda na bunda dos jogadores ! É demais,é ridículo.!

  27. Belíssimo texto meu amigo. Assim, vamos perdendo as nossas referências, sucumbindo diante dessa modernidade doentia e traiçoeira.

    Um abraço.
    Edgar

  28. BOM MEU CAROS LEITORES HISTORIA QUE PROCEDE NÃO ESSA MOTO CLUB DE SÃO LUIS NÃO ACABOU E SIM PEDIU UM AFASTAMENTO DA COMPETIÇÃO QUE ESTAR CENDO REALIZADA NO NOSSO ESTADO DEVIDO ALGUNS PROBLEMA QUE ACONTEÇE NO NOSSO FUTEL PECIMA ADISMITRAÇÃO DA FEDERAÇÃO MARANHENSE DE FUTEL UNICO CAMPEONATO QUE COMEÇA QUANDO TODOS DO BRASIL ACABA NÃO EXISTE ISSO E OUTRO DETALES CMPETIÇÃO QUE TIME PARTICIBOU COPA UNIÃO FOI UMA VERGONHA QUE TROXE + DIVIDA AO CLUB DIRETORIA PREVERIU NÃO JOGAR ESSE ANO PAGAR DIVIDAS VOLTAR PARA COM SUAS ATIVIDAS DESDE JA AGRADECEMOS TORCIDA UNIFORMIZADA MOTO FLOIA DESDE 1986 SACUDINDO ILHA…

  29. Grande Amigo Simas!

    Soube do seu blog pelo o do Lúcio de Castro, no espn.com.br , que o publicou na íntegra hoje, dia 08 de setembro.
    Esse é o começo da tsunami que, aos poucos matará os clubes tradicionais, todos que fizeram o chamado futebol brasileiro grande, pois ela vai chegar aos chamados grandes clubes das capitais – ver o caso dos que desceram ou são ameaçados de descer de divisão.

    Mas o importante é fazer copa do mundo para a elite ver.

    E o futebol está voltando as origens elitistas, pelo menos aqui no Brasil, essa mesma elite que quer que tenhamos um inventor do futebol, de família tradicional paulista, essa cidade e/ou estado que é um vírus para sugar dinheiro do resto do Brasil, que mais não seja ele se diziam a locomotiva… movida pela queima do dinheiro do resto do país.
    Qual o inventor do futebol da Argentina, do Uruguai, da Inglaterra, aonde criaram a regra? Respondo: NÃO TEM!
    A família de Cristina, minha esposa, por parte de pai, é maranhense e torce pelo Moto Clube, tanto quanto luta contra a Família Sarney, através do Jornal Pequeno, denunciando as falcatruas desses mafiosos.

    Abraços desse seu amigo e que Oxalá Velho nos proteja.

    Saudades Ações Vascaínas

  30. Muito bom o texto. Sou teresinse, mas por 8 anos morei em São Luís e por muitas vezes assisti o Moto no Castelão e no NIlzinho Santos. Tempos em que um Moto e Sampaio Correia levavam mais de 40 mil torcedores aos estádios.

    Uma perda grande perda para todos, principalmente para quem vive aquilo.

  31. Taí um texto antológico!
    De como repensar uma sociedade que se vai desencantando a partir da morte de um time de futebol.
    Maravilha de documento.
    Parabéns!

    Muita paz!

  32. Caro Amigo Simas.
    Que lástima o encerramento das atividades esportivas do Moto.
    Desde 2006 procuro uma foto do Moto Club de 1984 onde jogou meu amigo o Goleiro Sérgio Gomes.
    Sua história está no site do Milton Neves – que fim levou e no site do bairro em São Paulo onde nasceu: http://www.boleirosdaaguarasa.com
    Tenho fotos dele no Juventus, Guarani, Ceará (foi tetra-campeão 1975/1978), Paysandu (tri-campeão 1980/1981/1982). e em 1984 jogou no Moto Club só que até hoje não consegui nenhuma foto sua no Moto.
    Será que o amigo Simas ou alguém teria uma foto do Moto de 1984 com o Goleiro Sérgio Gomes?
    Obrigado quem puder me ajudar.
    Waldevir – Vie do site da Água Rasa.
    E-mail: waldevir@gmail.com

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