Não vou falar do desfile em si porque não vi ainda o vídeo e não quero ser leviano. Mas queria contar algumas coisas. 
A ala em que desfilo todos os anos sempre foi muito caprichosa na execução. Este ano quando peguei a roupa vi que o acabamento era bem inferior ao habitual.
Chego na concentração e o presidente de ala não tinha vindo – está doente. Quando passei pelo quarto carro – atrás do qual minha ala viria – tomei uma ducha de água fria, pois estava pior que as mais pessimistas previsões.
A preparação para o desfile foi muito tensa. Além do término deste carro – que só foi concluído com a escola na avenida – ainda bati boca com uma componente e esta quase saiu no tapa com um dos diretores de harmonia. Tudo isto porque o marido dela, bêbado, queria vir na ponta da ala e não tinha a menor condição.
O clima geral era de muita tensão. Não vi a alegria habitual na escola. A organização das alas demorou muito mais que o habitual.
Vi duas coisas que nunca tinha visto: a Harmonia estressada e a escola em “XY” – linha e coluna, feito matriz matemática. Como a escola estava muito grande nós fomos socados em filas de dez, o que prejudicou demais a evolução.
E a fantasia começou a dar problema. o esplendor se chocava com o chapéu e enterrava na minha cabeça. Ainda tinha uma porra de um óculos que não consegui encaixar de jeito nenhum, e acabei por descartá-lo no Setor 1.
O chapéu enterrava na minha cabeça e eu não conseguia ver a avenida direito. No meio do desfile ele arebentou e troquei de lugar a fim de não prejudicar a escola. O acabamento também foi soltando e, com a escola socada, não dava para evoluir direito.
O samba, pelo menos, foi bom de cantar.
Pela primeira vez em sete anos eu dei graças a Deus quando o desfile acabou. A roupa tinha uma malha que era parte em plástico e eu cheguei na dispersão suando litros. 
A impressão que eu tenho é que houve certo “salto alto” na diretoria da escola, achando que o chão seguraria as pontas. Ainda assim, a sensação que eu tenho é de que ficaremos mais próximos do desfile das Campeãs que do rebaixamento, pois os quesitos de pista devem render boas notas. Mas é apenas uma sensação em cima do que li e ouvi.
Quanto à Diretoria, a escola evoluiu em diversos aspectos desde a troca de comando, mas é inegável que há um problema sério de organização no que toca a barracão. e o enredo deste ano era daqueles que ou pegava na veia ou dava tudo errado – ao que parece, ocorreu a segunda opção.

4 Replies to “Sobre a Portela – I”

  1. Oi Migão…

    sempre com bom-humor hein amigo.
    Bate-boca, fantasia de plástico, e vc dando graças a Deus porque acabou???!!!

    Mas e o Pet?? foi amuleto non grato na avenida?

    rsrsrsrsrrs

    inté

  2. Fala Migão!
    Bicho, eu só fui ver o desfile depois e vou te dizer..deu pena da águia este ano..depois deste seu comentário…vixe!
    Abraços!

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