No próximo dia 02 de Outubro o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciará a cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Concorrem Chicago, nos EUA, Tóquio no Japão, a espanhola Madri e o nosso Rio de Janeiro. Os especialistas dizem que a disputa está embaralhada, sem uma grande favorita destacada. Além das surpresas como as escolhas de Pequim e Londres, que “viraram o jogo” nos instantes finais.
Os especialistas indicam que o projeto carioca, ao contrário das fracassadas experiências de 2004 e 2012 possui chances reais de obter a indicação. Como cauteloso que sou, prefiro não confiar muito e aguardar o dia do anúncio da candidata.
Ressalto, porém, que sou totalmente a favor das Olimpíadas aqui no Rio de Janeiro. Considero que permitirá à cidade um movimento fantástico de turistas e um legado esportivo e de infra estrutura bastante relevante.As obras que se fazem necessárias certamente darão um upgrade à Cidade Maravilhosa.
Vejo dois problemas na candidatura: um, infelizmente inevitável, será o ‘sobrecusto’ de algumas construções. A outra é a destruição do autódromo de Jacarepaguá.
Se tem uma coisa que eu não consigo entender é destruirem o autódromo com tanto terreno em volta. Estive lá domingo passado e dá pena o estado de abandono do local. Falam que será erguido um novo em Deodoro, mas, sinceramente, só acredito vendo. Sinceramente, acho desnecessário.
Por outro lado, é evidente que irão ganhar muito dinheiro com o evento, mas assim mesmo acho que o benefício supera o custo. Como sede dos Jogos Olímpicos, a cidade galga um novo patamar em termos turísticos e cria condições para elevar o afluxo de visitantes nos anos subsequentes.
Ou seja, o ganho para a cidade e seus cidadãos, decididamente, vale a pena. A geração de divisas para a cidade, de emprego e de renda é multiplicada e impactada positivamente pelo evento: entra mais grana que sai. Apesar dos pesares.
O projeto da cidade é interessante devido à concentração dos esportes em poucos locais – basicamente, Barra da Tijuca/Jacarepaguá, Complexo do Maracanã, orla e Deodoro – e a estrutura já existente devido aos Jogos Pan Americanos. Com isso, as construções novas serão em menor número.
Além disso, a realização da Copa do Mundo em 2014 irá forçar o investimento em infra-estrutura, especialmente aeroportuária. Penso que é uma vantagem para a cidade sediar estes dois eventos em curto espaço de tempo, pois irá gerar sinergia no dispêndio de valores.
Por outro lado, avalio que o projeto carioca não fica nada a dever em relação ao de suas concorrentes. Não somos inferiores.
Em resumo, acho que os benefícios superam amplamente os custos. Além disso, não tem preço assistir às Olimpíadas sem ter de pegar um avião…
Sou totalmente a favor.
(Foto: Site Rio 2016)

8 Replies to “Rio 2016”

  1. Bom dia cearense ao Ouro de Tolo.
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    Migão, muito bom o seu post! De vez em quando, darei um alô por aqui.
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    Ultimamente, em paralelo com as atividades profissionais, estou lendo sobre a vida de John Adams, 2o. Presidente dos EUA, e tudo o que se passou quando da Independência americana. De roldão, pois todos faziam parte daquela época, estão Thomas Jefferson, George Washington… Vê-se, nos citados, apenas o interesse na Nação, na resolução dos conflitos com os ingleses, no amor ao novo país que surgia…
    Igual ao que se vê por aqui… hehehehe
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    Saudações Alvinegras. Parabéns pelo nível e por mais um espaço para trocarmos idéias.

  2. Migão, não se iluda… Olimpíadas no Brasil só interessam a políticos, empreiteiras… o povão vai continuar na merda. Legado olímpico? O que vc me diz do Parque Aquatico Maria Lenk? Agua parada, foco permanente de dengue… E a Arena da Barra? Se nao fosse privatizada ao HSBC, estaria as moscas. E o Engenhão? Desperdício público… foi alugado ao Botafogo (time do ex-prefeito), por módicos 30 mil reais mensais (uma mixaria). Me diga qual legado ficou nos transportes publicos? Metrô? Barcas? Onibus? Melhorou?

    O maior interessado nisso é Carlos Arthur Nuzman… uma especie de Anísio ou LPD do COB.

    Leia o blog que te passei (que possui posts tendo como fonte varios jornais diferentes – assim, a suspeita de ser tendencioso cai por terra).

    Abs

    Fabrício

  3. Osvaldo, seja bem vindo, aqui o debate é sempre muito bem quisto.

    Fabrício, pelo menos as obras viárias, de transportes e nos aeropoprtos terão de ser feitas, sob pena de não sediar os jogos. E o potencial de geração de divisas com o turismo aumenta exponencialmente também.

    Apesar dos pontos que você aponta, ainda caho que o benefício supera o custo.

  4. Mas vc concorda comigo que é um absurdo as obras, a melhoria de vida etc, serem condicionadas APENAS ao fato de se ter ou não Olimpíada? Pagamos impostos caros (IPTU, IPVA etc), essas obras eram pra acontecer independente de Copa, Olimpíada, Jogos de Inverno, Mundial de Xadrez ou Quermesse de Santo Antônio, né?

  5. “Torço por patriotada, mas realmente o legado do Pan não anima muito.
    E não acho o Rio preparado para usufruir as possíveis vantagens de fazer uma Olimpíada, a menos que mude muito (e em pouco tempo) a lógica torta da cidade.
    Estou chocado com a falta de visão de bem público desta proibição da ponte-aérea Barra-Campo de Marte. O Rio pensa pequeno.”

    Affonso Romero

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