Na atual temporada, o time de Brasília perdeu seu principal patrocinador e teve que reformular seu elenco. Com isso, foi montado um jovem elenco, com a maioria das jogadoras sendo de base. Aline e Mari Helen são as mais experientes do time, e estão auxiliando o Brasília Vôlei a permanecer na elite do voleibol brasileiro. A central Aline também é referência pelo seu bom humor, que contagia todos os que são apaixonados pelo esporte.

A mineira, de 1,93m e 32 anos, chegou essa temporada ao time, vinda do extinto Rio do Sul. A central já foi campeã da Superliga B 2015/2016 pelo Nestlé Araraquara, e campeã da Liga da Indonésia, pelo Jacarta, além de ter atuado pelos mais tradicionais times brasileiros, como São Caetano, Praia Clube, Pinheiros e Minas.

Na temporada passada, o time comandado por Anderson e com excelentes jogadoras, como Paula Pequeno, Macris, Roberta, Vivian e Amanda, chegou ao sexto lugar da Superliga e foi a grande surpresa da competição, chegando a figurar em segundo colocado durante parte do campeonato. Com a queda financeira, houve a saída de quase todo o plantel, e o Brasília teve que se reinventar para continuar na Superliga, com apenas quatro jogadoras remanescentes.

Na última sexta-feira, o time do Brasília Vôlei foi derrotado por 3 a 0 pelo atual campeão da Superliga e segundo colocado atualmente, o SESC/ RJ, com parciais de 25×21, 25×20 e 25×21. A equipe teve uma boa atuação, e fez uma bela partida. Após a partida, a coluna conversou com a carismática central Aline.

Ouro de Tolo: Aline, o que você pode comentar da partida contra o SESC?
Aline: Olha, para a gente que chegou hoje ao Rio de Janeiro, não treinou no ginásio, veio direto para o jogo, eu achei excelente, nas devidas proporções. Nós sabemos as condições e a qualidade técnica da equipe do SESC e as nossas também. Eu achei um jogo muito equilibrado, cheio de rallies, e o SESC levou a melhor no poder de ataque e também forçando muito o saque. O nosso passe hoje estava um pouco ruim.

Ouro de Tolo: Essa temporada o time do Brasília sofreu uma grande reformulação do elenco, com um time bem mais jovem. Como você analisa a evolução do time até o momento?
Aline: Olha, a evolução do time eu achei muito boa. Porque são meninas novas e que estão jogando a Superliga pela primeira vez. Tem meninas ali que têm de idade o que eu tenho de vôlei. Então, é uma troca de experiências muito grande e está sendo muito bacana. É a minha experiência com a vitalidade delas. Nós mantemos as nossas metas até o momento. Nós sabemos das nossas limitações e das nossas qualidades. Sabemos que todos os adversários são diretos, mas o principal objetivo é a gente não cair e manter o Brasília Vôlei na próxima temporada.

Ouro de Tolo: O que está faltando ao time do Brasília nessa temporada?
Aline: Talvez seja desafio ou coragem. É uma coragem de se arriscar mais. Eu sou a mais velha, então eu falo: gente, o que vocês têm a perder? Nada. Então vamos para cima, tem que deixa rolar. Não fiquem com medo ou nervosas. A gente treina todos os dias, que é um saco. Jogar é a melhor parte, o momento de dar o seu melhor e arriscar.

Ouro de Tolo: Aline, você é conhecida do público pelo seu bom humor. Como manter esse alto astral mesmo com uma rotina pesada de treinos e viagens?
Aline: Eu acredito que o bom humor melhor qualquer coisa. O bom humor é tudo. Porque eu tenho saúde, uma vida boa, energia. Minha família está em excelente estado. Então, por que eu tenho que estar ruim? Eu tenho os meus dias ruins, é claro. Mas eu evito demonstrá-los, porque isso não vai me agregar nada. Se eu mostrar para alguém que estou triste, o que eu vou ganhar? A pessoa pode ser ainda mais triste que eu, e aí vão ser duas tristes. Então, é melhor ter bom humor na vida.

Fotos: Gisa Alves

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14 Replies to “Aline: bom humor e experiência no Brasília Vôlei”

  1. Parabéns pela matéria! O bom humor da Aline fica perceptível pelo sorriso da Vanessa na foto 😆. O time do Brasília fez um bom jogo contra o Sesc.

  2. Exemplo de atleta e ser humano, para as mais jovens, pois mesmo no ano difícil que a equipe de Brasília atravessa, ela mantém atitude positiva.

  3. A equipe do Brasília apesar da reformulação, tem boas jogadoras, mas andam vacilando nos jogos, erros bobos.
    Boa matéria Vanessa 😘👏👏👏👏

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