Finalmente chegamos aos últimos dois meses do ano, o Flamengo chegava à reta final da temporada precisando ser perfeito para conseguir o título. Com o peso do cansaço batendo, o Rubro-Negro se via pressionado após os tropeços do fim do mês anterior. A reta final da temporada você relembra agora.

Novembro

O Flamengo chegou ao penúltimo mês do ano precisando de uma campanha perfeita para seguir sonhando com o título nacional. Restando cinco jogos, a desvantagem para o líder era de cinco pontos. O primeiro duelo seria o clássico contra o Botafogo. Diante do Alvinegro, o Fla não foi bem.

Numa atuação pobre, o time não conseguiu furar a defesa botafoguense e demonstrou cansaço. Com poucas chances claras, o Rubro-Negro se viu limitado às investidas do meia Diego, que conduziu o time no primeiro tempo e bateu a falta que gerou o lance mais perigoso da equipe na etapa inicial. No segundo tempo, cansado, o time e Diego não renderam bem e viram o Botafogo ser perigoso por, pelo menos, duas vezes. Rodrigo Pimpão, já no fim do jogo, perdeu a chance da partida, para sorte do Flamengo.

Com o empate, o Flamengo se viu mais distante da briga pelo título e precisaria de uma reação para alcançar o objetivo mínimo para o fim de ano: a vaga direta para a Libertadores.

Após dez dias sem jogos, o Flamengo foi até o Mineirão enfrentar o virtual rebaixado América Mineiro e, olha, o jogo não foi bom, não. Numa atuação das mais complicadas desde o início do trabalho de Zé Ricardo, o time rubro-negro foi monótono e pouco efetivo nos 90 minutos. Com muitos desfalques, a equipe pecou pelo desentrosamento, embora tenha atuado de maneira organizada taticamente. O gol do jogo saiu da cabeça de Éverton, que aproveitou uma ótima jogada de Jorge pela esquerda. Mesmo com a vitória, a sensação era de que o time, mesmo com o tempo sem jogos, voltou ainda igual ao desempenho de antes.

No jogo seguinte, na luta para manter o sonho do título brasileiro, o Flamengo recebeu o Coritiba no Maracanã. O início de jogo foi arrasador. Gabriel, ainda com dois minutos de jogo, abriu o placar após excelente passe de Éverton. Diego, ainda no primeiro tempo, ampliou após outra assistência de Éverton. Só que o time parou e o Coritiba aproveitou. Após cobrança de falta que gerou confusão na área, Amaral escorou para a rede do Flamengo, diminuindo o marcador no primeiro tempo e ligando o sinal amarelo para o Rubro-Negro.

Depois do intervalo, o time bem que tentou resolver a partida, mas a entrada de Mancuello no lugar de Gabriel prejudicou e muito o desempenho do coletivo, já que o argentino, apesar de superior tecnicamente, não cumpre o papel fundamental dos pontas (Box-to-box) que Zé Ricardo tanto preza. Sem o controle do jogo, o Flamengo apesar de desperdiçar ótimas chances, brincava com uma tragédia que acabou acontecendo. Após passe de Vinícius, Kléber fez o que quis com Rafael Vaz e marcou o gol de empate do time alviverde. O empate sepultou definitivamente qualquer possibilidade de heptacampeonato do Flamengo e criou a primeira grande vaia da Era Zé Ricardo, que terminou o jogo com chuva de gritos de “time sem vergonha”.

Na penúltima partida do ano, o Flamengo enfrentou o Santos. Num roteiro semelhante ao do jogo anterior, o time rubro-negro começou muito bem, obrigado. Após pressão no campo de ataque, Guerrero limpou David Braz e bateu forte e rasteiro sem chances para Vanderlei. Fla 1-0. Só que ao contrário do jogo anterior, o Flamengo soube manter a intensidade necessária para jogar tranqüilo. Com uma atuação excelente, o time terminou a primeira etapa perdendo inúmeros gols.

No segundo tempo, o roteiro era parecido. O Flamengo, melhor, atacava e perdia gols. Guerrero perdeu duas ótimas chances. E o time do Santos, embora tentasse, chegava muito pouco de maneira efetiva. Quando o jogo já se encaminhava para o fim, Gabriel deu bom passe para Pará cruzar de maneira espetacular para conclusão não menos espetacular de Diego. 2-0 Flamengo e vitória assegurada. Diferentemente do jogo anterior, o Flamengo terminou a participação no Brasileirão jogando em casa nos braços da torcida.

Resumo dos jogos do mês:

Flamengo 0-0 Botafogo

América Mineiro 0-1 Flamengo

Flamengo 2-2 Coritiba

Flamengo 2-0 Santos

Retrospecto: 2 vitórias, 2 empates e 0  derrota. Gols marcados: 5; Gols sofridos: 2.

 Artilheiros do mês: Diego 2; Éverton, Guerrero e Gabriel 1.

Dezembro

No último jogo do ano, o Flamengo foi a Curitiba tentar o vice-campeonato brasileiro, mas parou na falta de criatividade e ímpeto pelo gol. No primeiro tempo, o time até tentou com Éverton, que parou no travessão. Mas viu Otávio e Réver (contra) assustarem Muralha. No segundo tempo, Zé Ricardo tentou conseguir a vitória mexendo no time, mas quem melhorou foi o time dono da casa.

O Atlético criou boas oportunidades, parando em Muralha. Mancuello, que entrou no segundo tempo, foi expulso de maneira bizarra já no fim do jogo. Com o empate em Curitiba e a vitória do Santos na Vila Belmiro, o Rubro-N|egro terminou o campeonato em terceiro lugar com os mesmos 71 pontos do Alvinegro Santista, mas atrás no número de vitórias. A campanha em 2016 terminou com pontuação superior ao do campeonato de 2009, no qual o Flamengo foi vencedor com 67.

Resumo do jogo do mês:

Retrospecto: 1 empate. Gols marcados: 0; Gols sofridos: 0.

 Artilheiros do mês: Não houve gols.

Estatísticas do ano:

O Flamengo, ao longo de 2016 teve os seguintes desempenhos nos torneios que disputou:

Jogos Amistosos: 2 jogos – 1 empate e 1 derrota; Gols marcados: 4; Gols sofridos: 6
Artilheiros dos jogos: Émerson Sheik 2; Guerrero e Willian Arão 1

Campeonato Carioca: 16 jogos – 9 vitórias, 4 empates e 3 derrotas; Gols marcados: 29; Gols sofridos: 10
Artilheiros dos jogos: Marcelo Cirino 7; Guerrero 5; Émerson Sheik 4; Felipe Vizeu e Willian Arão 3; Rodinei, Jorge, Gabriel, Wallace, Mancuello, Alan Patrick e Thiago Santos 1;

Primeira Liga: 4 jogos – 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota; Gols marcados: 4; Gols sofridos: 2
Artilheiros dos jogos: Guerrero 3; Éverton 1.

Copa do Brasil: 4 jogos – 1 vitória e 3 derrotas; Gols marcados: 5; Gols sofridos: 5
Artilheiros dos jogos: Marcelo Cirino 2; Guerrero, Mancuello e Alan Patrick 1.

Campeonato Brasileiro: 38 jogos – 20 vitórias, 11 empates e 7 derrotas; Gols marcados: 52; Gols sofridos: 35
Artilheiros dos jogos: Guerrero 9; Diego 6; Felipe Vizeu 5; Alan Patrick e Willian Arão 4;  Gabriel, Mancuello, Éverton e Fernandinho 3; Jorge, Leandro Damião, Marcelo Cirino e Réver 2; Éderson 1; Gols contra: 3.

Copa Sul-Americana: 4 jogos: 2 vitórias e 2 derrotas; Gols marcados: 7; Gols sofridos: 7
Artilheiros dos jogos: Alan Patrick 2, Marcelo Cirino, Émerson Sheik, Jorge, Éverton e Fernandinho 1;

Todas as competições: 68 jogos – 34 vitórias, 17 empates e 17 derrotas; Gols marcados: 101 gols marcados; 65 gols sofridos.
Artilheiros dos jogos: Guerrero 19; Marcelo Cirino 12; Willian Arão, Alan Patrick e Felipe Vizeu 8; Émerson Sheik 7; Diego 6; Éverton e Mancuello 5; Gabriel, Jorge e Fernandinho 4; Réver e Leandro Damião 2; Rodinei, Wallace, Thiago Santos e Éderson 1; Gols contra 3.

2 Replies to “Dissecando o Flamengo-2016 – Parte XI”

  1. Jogos cruciais para a perda do título. Péssimo jogo contra Bota e Coritiba – onde pediu pra tomar o empate. Partidas contra o América e Atlético foram um sonífero.

    Bom jogo contra o Santos. Nem preciso dizer o que achei de ver gols de Guerrero e Diego in loco, não é?

    1. O jogo que fez o Flamengo perder o título pra mim foi contra o Internacional. Coritiba só selou o 3°lugar, se tivesse ganho, teria sido 2°. Jogo do América foi horroroso, talvez o pior do Flamengo no ano e olha que no primeiro semestre…

      Contra o Santos a atuação foi excelente. Controlou o jogo todo.

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