Como se já não bastasse a notícia de ter câncer já mexer com a pessoa por si só, os homens com câncer de próstata ainda têm que lidar com os mitos e verdades que giram em torno do tratamento para esse tipo da doença. São várias as formas de tratamento e cada uma depende do paciente e do tumor.

O principal dos tratamentos é o cirúrgico, que é eleito pelos médicos quando a doença ainda está localizada ou localmente avançada. Como toda cirurgia, a prostatectomia oferece alguns efeitos colaterais. O mais temido pelos homens talvez seja a impotência.

Mas a verdade é que a principal função fisiológica da próstata é produzir um líquido que mantém o espermatozóide vivo. Portanto, não está relacionado ao desempenho sexual em si do homem.

getty_rm_photo_of_chemotherapyNo entanto, se o tumor está muito avançado, algumas fibras nervosas que estão ao redor da próstata e têm função erétil podem ser comprometidas durante a cirurgia. A impotência também depende da idade do paciente; logo, não é regra que o tratamento cirúrgico traga riscos de impotência para o homem.

Quando a doença está localmente avançada, o tratamento mais comum, além dos tradicionais, é a terapia hormonal, que também é oferecida em casos de pacientes que já estão metastáticos.

A terapia hormonal, também denominada de terapia de privação de andrógeno ou terapia de supressão androgênica, tem o objetivo de reduzir o nível dos hormônios masculinos (andrógenos), no corpo. Esses hormônios, por sua vez, estimulam as células do câncer a crescerem. Em conseqüência disso, os tumores diminuem ou crescem mais lentamente.

É claro que regular os hormônios do homem de forma não natural traz algumas conseqüências, como diminuição da libido, impotência, anemia, perda de massa muscular, depressão, sensibilidade das glândulas mamárias, entre outros.

Por conta disso, a terapia hormonal deve ser muito bem planejada e mediada pelo médico, na quantidade e no tempo certo, para que os prejuízos aos pacientes sejam mínimos. Há várias formas de tentar combater esses efeitos colaterais, como exercícios físicos e antidepressivos.

Substância FosfoetanolaminaO nível do Antígeno prostático específico (PSA), além de ser um bom auxiliar para o diagnóstico da doença, também ajuda no monitoramento da doença. Se os níveis do antígeno permanecerem instáveis, fora do normal, pode ser um indicativo de que o tratamento não esteja funcionando.

Mas é comum os níveis desse antígeno serem levemente alterados de vez em quando. Então, não é necessário se alarmar por qualquer alteração: é sempre bom esperar o parecer do médico.

Apesar de dar medo e de todos os possíveis efeitos colaterais, os tratamentos não devem ser deixados de lado. É trabalho de pesquisadores tentar desenvolver novas modalidades de tratamento, para que além da sobrevida, a qualidade de vida do paciente seja maior.

Imagens: Arquivo Ouro de Tolo

[related_posts limit=”3″]