Retornamos para mais uma temporada da Justificando o Injustificável. Mais uma vez o Ouro de Tolo analisará cada um dos 35 cadernos de Julgamento do Grupo Especial de 2016.

Obs: eram para ser 36 cadernos, mas não preciso explicar o que houve com o julgador Fabiano Rocha, do quesito Bateria.

Novamente, a ideia não é discutir se a nota dada pelo jurado foi justa ou não, até porque muitas vezes não tenho o conhecimento específico para analisar um quesito determinado e também porque o desfile é dinâmico e não sabemos exatamente como a escola se comportou ao longo da avenida em seus diferentes pontos. O principal é verificar a coerência do jurado em suas justificativas.

O jurado justificou a perda de pontos? É possível entender o motivo do desconto? A justificativa discorre realmente sobre fatores a serem analisados pelo quesito? Ele penalizou todas as escolas que cometeram o mesmo erro?

Apenas os jurados do módulo 1 sofrerão uma análise um pouco mais criteriosa por um motivo muito simples: a frisa do Ouro de Tolo ficou próxima deste módulo, do mesmo lado da avenida. Então temos sabemos o que o jurado daquele posto viu ou não.

Também é importante frisar que essa série também não é o dogma da verdade e ela sozinha não resolve todos os problemas do julgamento. Ela apenas reflete a coerência de frases em pedaços de papel. Teoricamente, um julgador mal-intencionado pode fazer justificativas coerentes no papel mas que apenas servem para defender uma nota preconcebida.

A série pretende sair duas vezes por semana, uma na terça e outra na quinta, abordando um quesito por vez. Como além desta Justificando o Injustificável, a Made in USA também está fazendo uma série sobre as prévias presidenciais dos Estados Unidos, pode ocorrer que vez ou outra essa sequência de “um pulo” de um dia.

A ordem dos quesitos a serem analisados seguirá a ordem usada no ano passado. Começaremos por Samba-Enredo pois é o menos dinâmico dos quesitos na pista, então dá para analisar os quatro módulos de forma mais homogênea.

Depois passaremos para Harmonia, Evolução, Bateria, Comissão de Frente, Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Fantasias e Alegorias e Adereços, finalizando com Enredo.

Abaixo a análise individualizada de cada um dos quatro julgadores do quesito.

Módulo 1

Julgador: Mauro Costa Junior

Notas

  • Estácio – 9.7 (letra 4.8 e melodia 4.9)
  • União da Ilha – 9.7 (letra 4.8 e melodia 4.9)
  • Beija-Flor – 10
  • Grande Rio – 10
  • Mocidade – 9.7 (letra 4.8 e melodia 4.9)
  • Unidos da Tijuca – 10
  • Vila Isabel – 10
  • Salgueiro – 10
  • São Clemente – 9.8 (melodia 4.8)
  • Portela – 10
  • Imperatriz – 9.9 (melodia 4.9)
  • Mangueira – 10

Esse ano eu não reclamarei de excesso de notas altas nesse quesito porque realmente tivemos uma boa safra. Mas dar 10 para o fraco samba da Grande Rio e 9.9 para o samba da Imperatriz, talvez o samba do ano, é de uma incoerência gigantesca.

O pior é que após uma longa frase de elogio ele justifica o desconto com “Mas achei uma longa construção melódica, linear, morna, só explodindo no refrão”. Morna? Ele queria o que, um samba pula-pula igual aqueles que nós sambistas sempre reclamamos? Deve ser por isso então que ele deu 10 para a Grande Rio…

Da Estácio ele reclamou da “previsibilidade das rimas da 3a estrofe” e das frases soltas, sem poética (o que discordo, mas entra naquela análise subjetiva). Na melodia o julgador disse que a transição da 2a para a 3a estrofe a “passagem melódica não foi natural”, o que prejudica entendimento e canto. Essa eu ainda estou tentando entender, ouvi essa música mil vezes no pré-Carnaval e não achei nada errado.

Na Ilha ele também reclamou de frases soltas e dos clichês, no que foi uma enorme crítica a este samba desde a escolha e que “melodicamente os refrões não aconteceram na avenida”. Concordo que os refrões da Ilha são os piores do ano, mas tirou ponto só porque “não aconteceu na avenida”? Isso não pode ser julgado em samba-enredo, aqui se avalia o samba em si, não o impacto que ele causou no público.

E outra, ele tira ponto de frases soltas da Estácio e da Ilha e não tira da Grande Rio, cuja terceira estrofe estava mais solta que balão de gás hélio? Santa incoerência…

Para finalizar ainda temos na Mocidade um “A ideia do enredo, embora interessante, foi difícil de compreender”. Até dá para fazer um esforço para entender a frase, pois ele começou a justificativa dizendo que a letra não ficou clara em relação ao enredo, mas a frase se encaixaria melhor em Enredo, não Samba-Enredo.

Já começamos essa análise com um caderno problemático.

Módulo 2

Julgador: Eri Galvão

Notas

  • Estácio – 9.8 (letra 4.8)
  • União da Ilha – 9.9 (melodia 4.9)
  • Beija-Flor – 10
  • Grande Rio – 10
  • Mocidade – 9.8 (letra 4.8)
  • Unidos da Tijuca – 10
  • Vila Isabel – 10
  • Salgueiro – 10
  • São Clemente – 9.8 (letra 4.9 e melodia 4.9)
  • Portela – 10
  • Imperatriz – 10
  • Mangueira – 10

Galvão é julgador das antigas e tem como característica dar uma chuva de dez, tirando poucos décimos de forma geral. Como já disse acima, diferentemente do ano passado, as oito notas dez desse ano acabaram não sendo um grande problema tendo em vista a boa safra.

Mas vejam, mesmo sendo unanimidade que a safra desse ano como um todo foi melhor que a do ano passado, ele ainda conseguiu tirar sete décimos em penalidades, quase o dobro dos quatro décimos do ano passado. Só esse dado já diz muito sobre o que foi o julgamento de samba-enredo ano passado.

Em relação às justificativas, Eri já começa alegando em relação à Estácio um item polêmico. Segundo ele o verso “Fazer a criança virar um leão” tinha uma construção que se fazia cantar de forma errada “virá”. Esse tipo de justificativa levam os compositores à loucura pois eles alegam que isso mata a “licença poética”. Desde a famosa polêmica do “Minhá Tijuca” quando o Benvindo Siqueira penalizou a Unidos da Tijuca por deslocamento da sílaba tônica, ainda em 2006, essa polêmica continua.

No caso em tela é ainda pior porque o sotaque carioca naturalmente corta o infinitivo de todos os verbos terminados em “ar” em “á”. Isso é típico do carioca em todos os verbos, então para evitar punições os compositores estão proibidos de usar infinitivo de verbos de primeira conjugação em tons mais agudos?

É uma questão de análise muito complicada, mas não dá para dizer taxativamente que o julgador justificou de forma equivocada. Da forma como está hoje o manual, o motivo é perfeitamente “encaixável” nele. Mais uma questão que precisa ser decidida em uma necessária reformulação dos critérios de julgamento.

O outro décimo da Estácio foi embora porque “o último verso da 2ª estrofe no canto quase não se ouve o final da frase (a escola cantando)”. Aqui mais uma vez, o julgador esbarra perigosamente em outro quesito. A composição da música dificultou a entonação da letra ou simplesmente não se ouviu a escola cantando por uma falha de harmonia? Isso não ficou claro na brevíssima explicação do julgador. Se for o segundo motivo isso não poderia ser descontado em Samba-Enredo, mas em Harmonia.

Na Ilha ele justificou que “até o 8º verso da 2ª estrofe a música desenvolve-se normalmente. De repente sem nenhum acorde preparatório aparece uma nova melodia como se fora uma colagem”. Não entendo bulhufas de teoria musical, mas com minha audição de leigo não consigo discordar.

Em relação à Mocidade já aparece pela primeira vez neste ano algo que me incomoda muito: o julgador que julga de acordo com o que ele faria. Repito: julgador não tem que tirar ponto porque ele faria assim e não assado, ele tem que simplesmente avaliar o que a escola apresentou. Vejamos então a justificativa de Eri Galvão: “Letra: considerando que a letra do samba está de acordo com o enredo, salientamos também que a mesma não é de fácil assimilação pelo público, uma vez que o mesmo não dispõe de explicações extras para entender as metáforas usadas na letra. Por outro lado, por que inves (sic) de serem repetidos os versos dos compositores Vandré e Chico Buarque, os autores do samba não fizeram uma releitura o que provavelmente enriqueceria bem mais o samba? Fica a sugestão”.

Primeiro: a letra era de difícil assimilação pelo público? Sinceramente não achei, mas sou suspeito por conhecer como poucos as obras e carreiras de Vandré e, especialmente, Chico Buarque. Segundo: que releitura seria essa? Se as pessoas são “burras” o suficiente para não entenderem a citação direta, imagina fazendo releitura…

O Samba da Mocidade tinha defeitos suficientes para se tirar ponto, mas não dessa forma.

Para finalizar, a São Clemente perdeu ponto por apresentar letra de “frases feitas, com pouquíssima beleza poética” e pela melodia “retilínea, sem desenho melódico e de pouca criatividade”.

Aí vem a primeira pergunta: a Grande Rio não apresentou os exatos mesmo problemas? Então porque 10 para uma e 9.8 para outra? Segunda pergunta: a Ilha, fora a quebra brusca apontada pelo próprio julgador, também não tinha melodia retilínea?

Enfim, mais uma vez um caderno altamente questionável de Eri Galvão.

Módulo 3

Julgador: Clayton Fábio Oliveira

Notas

  • Estácio – 9.9 (melodia 4.9)
  • União da Ilha – 9.7 (letra 4.8 e melodia 4.9)
  • Beija-Flor – 10
  • Grande Rio – 9.9 (melodia 4.9)
  • Mocidade – 9.8 (letra 4.8)
  • Unidos da Tijuca – 10
  • Vila Isabel – 10
  • Salgueiro – 10
  • São Clemente – 9.8 (letra 4.8)
  • Portela – 10
  • Imperatriz – 10
  • Mangueira – 10

Oliveira ano passado conseguiu a proeza de se destacar bastante como o pior caderno de julgamento mesmo no meio de um péssimo julgamento no geral, tamanho foi o seu desastre nas justificativas.

Esse ano melhorou um pouquinho, mas muito pouco para deixar de ser candidato a pior caderno do ano.

Começarei pela Estácio, mais uma vez. Segundo o julgador “a palavra ‘rogar’ tem a segunda sílaba subtraída da pronúncia ao tentar encaixar na melodia não sendo entendida durante o canto”. Mas justamente essa palavra é uma das mais destacadas de todo o samba? Como assim subtraída? Ouvi essa música por 82 minutos e escutei a palavra o tempo inteiro. De onde ele tirou essa justificativa maluca?

Logo depois, na Ilha ele tira ponto porque a letra “como um todo se refere com mais ênfase a cidade do Rio de Janeiro do que aos Jogos Olímpicos, tema que poderia ter sido mais bem explorado”. Aqui nós temos mais dois problemas: primeiro, se o julgador acha que a escola poderia ter explorado mais os Jogos Olímpicos é uma opinião dele! Isso não pode interferir no seu julgamento do que a escola apresentou. Além do mais, isso não interfere em Samba-Enredo. O samba tem que retratar o que a escola se prontificou a contar, não o que o julgador acha que ela deveria ter contado.

O segundo problema é que ele não deve ter lido o Livro Abre-Alas. Se lesse, entenderia (ou deveria entender) que o enredo da Ilha era justamente sobre os esportes que se praticam no Rio, tendo os Jogos Olímpicos apenas como o tal do “fio condutor”; logo era óbvio que teria mais Rio e menos Jogos Olímpicos na letra; senão a letra perderia ponto por contar o enredo dando ênfase apenas ao “fio condutor”.

Na Mocidade ele justificou que “a letra tem excesso de citações e alusões que não ficam claras sem o Livro Abre-alas” e que elas “constroem rimas confusas”. O que seriam rimas confusas eu não sei, mas deixemos isso para a subjetividade do julgador.

Só que para terminar ele diz que “Na frase ‘pras manchas desse quadro remover’ poderia ter-se recorrido a vocabulário mais adequado”. Mas o que essa frase tem de errado, qual inadequação de vocabulário? Ela está bem construída. Fica parecendo que é a típica justificativa do “se eu quiser eu tiro um décimo aqui ou ali, é fácil” como teria dito o julgador de Bateria afastado no tal áudio que “vazou mas não teria vazado”. Mesmo se fosse para tirar um décimo a bel-prazer, não era mais fácil recorrer ao verso de péssimo gosto “lançando jatos de felicidade”?

Para completar, na São Clemente ele justifica que no início da primeira estrofe “Que confusão…até… a corte encantada aplaudiu” e na frase da segunda estrofe ‘tem marmelada e faz-me rir’ soam perdidas entre as rimas do samba como um todo”. Aqui, além de mais uma vez não falar nada que realmente signifique alguma coisa, Cleyton usou o recurso mais irritante para um julgador: usar a mesma justificativa genérica para tirar décimos a esmo de variadas escolas. Nada dá maior impressão de que o julgador “arranjou um motivo qualquer” para tirar décimo do que essa prática.

Nem analisarei a justificativa da Grande Rio porque “há uma ligadura na melodia de tom maior para menor que não soa natural” nada diz para mim, leigo musical. Mas, pelo que já relatei acima, não ficaria surpreso se alguém que saiba de música também nada entenda.

Mais uma vez um péssimo julgamento desse julgador. Será que a LIESA pedirá música no Fantástico convocando ele por uma 3ª vez?

Módulo 4

Julgador: Alfredo Del Penho

Notas

  • Estácio – 9.8 (letra 4.9 e melodia 4.9)
  • União da Ilha – 9.8 (letra 4.9 e melodia 4.9)
  • Beija-Flor – 9.9 (letra 4.9)
  • Grande Rio – 9.7
  • Mocidade – 9.8 (letra 4.8)
  • Unidos da Tijuca – 10
  • Vila Isabel – 9.9
  • Salgueiro – 10
  • São Clemente – 9.7 (letra 4.9 e melodia 4.8)
  • Portela – 10
  • Imperatriz – 10
  • Mangueira – 10

Como é bom depois de dois anos voltar a ler um bom caderno do quesito Samba-Enredo, eu já tinha até esquecido o que era isso. Del Penho conseguiu não queimar sua biografia como pesquisador reconhecido de samba neste quesito complicado. Notas coerentes com a qualidade dos sambas e com justificativas bem plausíveis. Não deve ser tão difícil…

Talvez sua única nota polêmica seja o 9.9 para o samba da Vila, mas a justificativa é aceitável. Vejamos: “Melodia -0,1 Apesar de ter trechos muito inspirados e de linda melodia falta coerência entre as partes na construção do discurso melódico, especialmente da primeira para a segunda estrofe e dos trechos “pra fazer a cartilha” para “tão bom cantarolar”. As partes não estão bem conectadas.”. Pode-se até achar que esse pequeno defeito não deveria ser descontado, como eu acho, mas não dá para reclamar da pertinência do desconto. O próprio colunista do OT Leonardo Dahi já tinha comentado do seu incômodo com esse trecho do samba em conversas particulares antes do Carnaval,

Del Penho também foi o único a despontuar o samba da Beija-Flor, por causa de entonação errada em “Minas Gêrais” e “pro samba pássar” e por causa de “junção em duas frases em um mesmo trecho melódico faz com que se ouça ‘que o Rio imortalizou teu chão” confundindo o sentido. Mais uma vez, pode-se discordar da falta de licença poética, mas não dá para reclamar a impertinência do desconto conforme o Manual.

De resto, ele apontou problemas de forma detalhada, chegando a raiz do problema. Destaco algumas delas abaixo.

Para a letra da Estácio: “A letra perde por falta de criatividade ao se fixar em imagens similares, especialmente as que falam da valentia. Ex: ‘empunhando a lança’, ‘estou vestido com as armas’, ‘fazer a criança virar um leão’, ‘por dia mato um dragão’. Em oposição, a letra deixa de desenvolver o enredo mais completamente o enredo”. Aqui pode-se argumentar que a letra pode não ser descritiva, mas interpretativa. Ainda sim, a letra da Estácio pouco tem de interpretativa. Esse era o grande problema do samba já apontado pelo Migão lá em outubro, mas Del Penho foi o único a realmente expressar isso.

Para a letra da Mocidade: “Apesar da bonita melodia a letra tem a estrutura confusa… Na segunda parte isso continua com citações de forma gratuitas, e com versos pouco inspirados, especialmente ‘Lançando jatos de felicidade'”. Ele foi o ÚNICO julgador a apontar tal problema nítido na letra da Mocidade.

Para a melodia da São Clemente: “O padrão rítmico da melodia é repetitivo, pouco sinuoso e usa pouco o recurso da síncope, característica do samba, deixando o samba mais marcheado. O fim das duas estrofes se alargam e interrompem o fluxo da melodia, sendo que na primeira estrofe o trecho “Fascina meninos” até “O circo chegou” o canto é dificultado pela melodia”. Pronto, em poucas linhas Del Penho descreveu os grandes problemas da melodia da São Clemente. Difícil fazer isso para alguém entendido em música e samba com deveria ser um julgador de samba-enredo?

Como resultado do bom trabalho, Del Penho foi o único julgador que deu 10 para menos da metade dos sambas.

Para finalizar o quesito, após a implosão desnecessária que a LIESA fez neste item do julgamento após 2014, ela voltou a achar um julgador. Falta achar mais três para substituir os outros que mais uma vez deixaram demais a desejar nas justificativas já que, salvo a Grande Rio, acho que quanto as notas em si, pela qualidade da safra este ano, não há maiores discussões.

7 Replies to “Justificando o Injustificável 2016: Samba-Enredo”

  1. Rafic, excelente a sua análise. Achei o julgamento de samba-enredo (o meu quesito favorito, por ventura) até coerente, ajudado pela melhor safra do especial em 15 anos – minha opinião. Porém, é muito estranho a Mocidade ter perdido 0.6, a Estácio ter perdido 0.5 (ok, não levamos em conta os cantores de apoio engolindo a voz do Wander Pires) enquanto que a Grande Rio, com um samba 450 vezes pior que as duas, perder apenas 0.1 (!!!) repetindo a façanha de 2004, inclusive. E a São Clemente foi julgada com justiça no quesito.

    1. Carlos,

      Por favor não cometa o mesmo erro dos julgadores. O cantor estava rouco? isso não altera a qualidade do samba. No quesito samba-enredo se julga o samba em si, não o cantor que o puxou/interpretou.

    2. Quanto a Grande Rio, ela realmente foi a escola muito destoante das notas desse quesito mais uma vez.

  2. Então eu acho que serei o único que concordou com o 9,9 da Imperatriz: a segunda parte ficou muito longa, a melodia pedia mudança em determinados versos e o samba passa a sensação de não acabar nunca (não digo aqui que o samba é ruim, muito pelo contrário).

    Só faço uma comparação com os sambas da Mangueira e da Tijuca: eles não enjoam de ouvir, a melodia é bem feita e flui naturalmente!

    Uns dois versos a menos e o samba da Imperatriz seria impecável!

    Repito: minha opinião.

    E sobre o samba da Grande Rio, se preparem: melodias animadas serão bem avaliadas daqui por diante. Foi assim em 2014, 2015 e esse ano. Porém, convenhamos, se tivesse uma letra melhor trabalhada, o samba caxiense seria muito bom!

    1. Rodrigo,

      Nem discuto a pertinência ou não do 9.9 ao samba da Imperatriz. Eu não acho o samba da Imperatriz essa antologia toda que pintaram, por exemplo. Porém dar 9.9 para a Ramos e 10 para Caixas é demais para mim.

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