Continuando a série sobre os parques de Orlando, hoje temos o complexo de parques comandado pelo Discovery Cove: o de mesmo nome, o Busch Gardens, o Sea World e o Aquatica, que estava em minha programação mas que teve de ser retirado devido ao péssimo clima da primeira semana de viagem.

Aliás, se tivesse invertido meu planejamento talvez tivesse aproveitado mais, mas o clima é algo que não temos como controlar. Paciência.

20150228_104121Ao contrário de todos os outros parques, o Discovery Cove tem uma forma diferente: você reserva o dia, porque são vagas limitadas, e o preço inclui refeições e bebidas no esquema “all in”, no preço da reserva. Dentro desta, também incluía os ingressos para os outros parques do grupo, desde que pelo menos uma das pessoas do grupo comprasse o pacote que incluía “nadar com os golfinhos” no Cove.

20150228_115825Nossa reserva era para o dia 28 de fevereiro, um sábado. Optei por não nadar com os golfinhos, achando que seria algo meio “selvagem”, deixando a tarefa para o restante da família e me limitando a fotografar. Confesso que teria feito se soubesse como é o esquema, mas paciência.

Chegamos por volta das nove da manhã, em uma dia frio – uns 16 graus, ainda assim bem acima dos oito do dia anterior. Fizemos o check in – em português – pegamos nossos crachás que serviriam de ingresso nos outros parques do grupo e fomos tomar café. Este simples, mas funcional.

Caminhamos um pouco até chegar a hora do nado com os golfinhos, que no nosso caso foi feito às 11h25. O parque disponibiliza roupas de neoprene, máscaras, óculos e todos os demais apetrechos para as diversas atrações. O nado com os golfinhos é feito em três lagoas com águas calmas, com os grupos sendo divididos pelas mesmas após passar por um briefing com os instrutores.

20150228_120346A interação com os animais dura cerca de meia hora e é absolutamente tranquila. Minhas filhas, de nove e sete anos, alimentaram os animais, nadaram sobre o dorso deles e ainda brincaram com os mesmos. Para elas, uma experiência impactante.

Fomos almoçar e desabou de vez uma chuva torrencial e persistente, o que impediu qualquer tentativa de aproveitar as demais atrações. Uma pena, pois queria nadar com os peixes e desfrutar das piscinas de água aquecida. O curioso é que os americanos não estavam nem aí para a chuva inclemente e o frio, indo para as piscinas assim mesmo.

20150228_132241O almoço é razoavelmente variado e nos quiosques havia opções de bebidas (cervejas Budweiser, Bud Light e coquetéis), além de petiscos. Não foi um almoço de se guardar na memória, mas não foi ruim.

Aguardamos um pouco, mas a chuva persistiu e acabamos por ir embora ainda antes das três da tarde. Nem tenho como avaliar o parque, mas a experiência com os golfinhos vale muito a pena. Para meu azar, este foi o único dia de chuva torrencial durante minha estadia…

20150302_113745Vale lembrar que o estacionamento é gratuito, ao contrário dos outros dois parques, nos quais são pagos. No Sea World a amplidão chega a impressionar em um dia não tão cheio como o que pegamos – foto ao lado.

No dia seguinte, pegamos a estrada e fomos a Tampa visitar o Busch Gardens, famoso por suas montanhas russas radicais e a interação com animais selvagens. Tampa fica a cerca de 130 quilômetros de Orlando, mas a estrada é boa e chega a ser monótona de tantas retas. Um motorista sonolento irá ter problemas.

A curiosidade é que passamos ao chegar a Tampa por uma unidade da Igreja Universal do Reino de Deus, com os dizeres em espanhol. Minha ideia era ir cedo a fim de passar no estádio do Tampa Bay Buccaners a fim de tirar umas fotos, mas meu pessoal se atrasou e só chegamos ao Busch Gardens por volta de meio dia – sob um calor de mais de 30 graus apenas dois dias depois de enfrentar oito graus na sexta feira.

20150301_140459O parque é baseado em dois tipos de atrações principais: as montanhas russas radicais – longas e com muitos loopings – e a interação com animais selvagens. Neste último caso há a possibilidade de se fazer um safári dentro de um caminhão, observando os animais mais de perto, mas é cobrado por fora – custa 39 dólares. Acabei não fazendo devido à premência de tempo, optando por percorrer a área no trem disponível no parque – o que já permitiu boas fotos.

Outras áreas interessantes são as dos pássaros – onde se interage com eles soltos – a dos cangurus e a dos flamingos. Outra atração radical é a Falcon´s Fury, onde se desce 100 metros na vertical em alta velocidade – e dando a impressão de que se  será jogado ao chão.

20150301_125647O show com os personagens do filme “Madagascar” é apenas razoável e há também uma área dedicada aos personagens do desenho “Vila Sésamo” – que, como há quatro décadas, continuam assustando as crianças pequenas… A montanha russa do personagem é bem tranquila, e a mais radical que enfrentei foi uma em que parece que seremos jogados ao ar nas curvas.

Enfrentei apenas as montanhas russas menos radicais, mas se tivesse feito o Busch Gardens após os parques da Disney certamente teria encarado pelo menos uma das atrações desafiadoras. Para o leitor que gosta de emoção e de longos loopings, o Busch Gardens é seu lugar.

As opções de alimentação e bebidas não são muito diferentes das encontradas nos parques da Universal, mas consideravelmente mais caras. Complicado pagar oito dólares em uma garrafa de Budweiser, mas este é o padrão deste grupo de parques.

20150302_123707Na segunda feira, mais um dia ensolarado (azar mesmo o do dia marcado para o Discovery Cove) e fomos visitar o Sea World. Como o próprio nome já diz, seu forte são as atrações voltadas aos animais marinhos, como tartarugas, tubarões, leões marinhos, arraias, pinguins e golfinhos.

Além disso, há dois shows bastante famosos: o dos golfinhos e o das baleias shamu. Este é realizado em um estádio que, guardadas as devidas proporções, não fica nada a dever a algumas arenas de clubes brasileiros. Entretanto gostei mais do show dos golfinhos, que alia a participação dos animais adestrados a acrobacias dos treinadores.

20150302_155909Aliás, chega a ser quase inacreditável ver o que fazem os animais. São extremamente adestrados, com inteligência quase humana.

Outras atrações interessantes são o túnel dos tubarões, onde se passa no meio de um túnel cercado de água e habitado pelas espécies, o espaço das tartarugas e o tanque das arraias. Também vale a pena pegar o elevador panorâmico, que dá uma boa vista não somente do Sea World como da própria cidade de Orlando em si.

20150302_170144A atração dos pinguins promete muita emoção, mas o modo “aventureiro” é uma tremenda propaganda enganosa: se limita a vibrar e balançar mais um pouco os carrinhos em um dos momentos, mas longe de proporcionar adrenalina. A instalação vale pelo final, onde encontramos pinguins de diversas espécies em um ambiente climatizado, bastante frio.

As opções de alimentação são semelhantes às do Busch Gardens, com a diferença que se acha Heineken com mais facilidade – em uma bonita garrafa de alumínio verde. Os preços também são mais altos que nos outros parques.

O site pode ser visto aqui. No próximo artigo da série, compras em Orlando.