Excepcionalmente nesta sexta feira, a coluna do especialista Nicholas Bittencourt nos fala sobre a “patrulha” àqueles que preferem uma cerveja denominada “de massa”, como a Skol. Eu, pessoalmente, só bebo ultimamente estas cervejas quando não há outra alternativa, como em festas infantis ou na quadra da Portela. Na minha casa quando quero beber algo de forma descontraída, minha pedida é a Heineken.

Bebo Skol e sofro bullying

Quem nunca bebeu uma standard lager, que atire a primeira latinha!

Para quem não conhece o termo, standard lager são as cervejas que dominam o mercado atual, com mais de 95% de participação no market share brasileiro. Pense num grande rótulo, como Brahma, Skol, Bohemia, Itaipava, Schincariol – e provavelmente esse será uma standard lager.

A questão (ou problema, se você for implicante) é que esse estilo é produzido visando alcançar o maior público possível, por um preço acessível a todos. Por causa disso algumas técnicas são utilizadas, como o uso de cereais não maltados ou a aceleração da fermentação (que termina em dez dias), ao contrário dos até trinta dias das cervejas artesanais.

Por isso, muitas pessoas que estão começando a descobrir as cervejas especiais, artesanais, super premium ou “mais caras”, fazem cara feia para as standard lager. “É cerveja vagabunda”, diz um”. “Crap Beer”, classifica outra, fazendo trocadilho com o termo “craft beer” (cerveja artesanal). Já minha pessoa, quando chega o fim do mês, vai feliz e contente com os amigos da firma pedir uma Skol, pois o que importa é beber em boa companhia e falar besteira.

Já no primeiro copo, quando faço o tradicional checkin na cerveja no aplicativo Untappd, começam a aparecer mensagens dos seguidores das redes sociais. “Está tudo bem com você?”, já pergunta o Pedro Migão. Outros seguem o mesmo nível, como se houvesse algo de errado em beber um estilo de cerveja que não os agrada.

Sem problemas, já que a cervo-chatice tem dois lados. Do outro lado, estão os defensores da loira ‘estupidamente gelada’, como gostam de definí-la. O colunista da Folha de São Paulo, Tuty Vasques, em um artigo chamado “O chato da cerveja”, se mostrou um verdadeiro chato, fermentando preconceito contra aqueles que procuram um sabor e aroma diferentes na bebida.

Ao menos tenho que convicção que essa cervochatice passa! Depois de um tempo reclamando, implicando ou mesmo fugindo de alguns estilos de cerveja, todos acabamos aceitando as diferenças e que cada um tem personalidade própria, e com ela o seu gosto pessoal de cerveja. Aceite as diferenças e se junte com seu amigo para beber uma cerveja, seja ela qual for.

Ainda mais em uma sexta feira como hoje.