(Direto de Gramado)
Semana que vem teremos vários posts sobre esta viagem de férias, quando retornar ao Rio, mas vamos a algumas primeiras impressões desta minha temporada pela Serra Gaúcha.
A primeira coisa que chama a atenção é que realmente parece outro país. Aliás, embora seja tudo Brasil, Natal, Campinas, Rio de Janeiro ou a Serra Gaúcha parecem Brasis diferentes, apenas para ficar em lugares onde estive no último ano.
A colonização alemã e italiana se faz bastante presente, tanto no lado positivo – organização, limpeza, trânsito – quanto no negativo: o povo local parece bastante preconceituoso, chegando até a um certo reacionarismo.
Especialmente em Gramado tudo é voltado ao turismo: não tenho do que me queixar do tratamento recebido. Ainda mais porque estou na região em um período que é final de alta temporada e o número de turistas é bem menor.
Curiosidade: praticamente tudo fecha de primeiro de fevereiro até o carnaval, tanto em Gramado quanto em Canela. Férias coletivas para todo mundo que trabalha na indústria do turismo, incluindo lojas, hotéis e restaurantes.
Gramado e Canela são cidades bastante diferentes: a primeira é mais cosmopolita e integralmente voltada ao turismo, enquanto a segunda é mais “tradicionalista”, tendo agricultura e algumas atrações relacionadas a formações naturais.
Basta notar que em Gramado praticamente todos os pontos turísticos foram criados pelo homem – inclusive o Lago Negro – enquanto que em Canela há parques naturais com o o do Caracol – sede da queda d´água que abre o post, a segunda maior queda do Brasil – e o Alpen Park, onde se pode praticar esportes radicais.
Por outro lado, come-se bastante bem nas duas cidades: a gastronomia, basicamente italiana, é um espetáculo à parte. Também me surpreendeu o fato de ser uma região onde o movimento de cervejas artesanais e especiais é bastante forte, tanto que experimentei duas marcas de “brew pubs” e pelo menos mais duas fábricas locais. Abaixo o leitor pode ver a Abadessa, excelente cerveja gaúcha em uma garrafa bastante estilosa de um litro.
Há bastante coisa para se fazer nas cidades. Em Gramado há atrações como o “Mini Mundo”, os museus a vapor e de supercarros, entre outros. Canela tem os já citados Alpen Park e o Parque do Caracol, além de outras atrações como a Catedral de Pedra.
Dica: as opções de compras são bem mais em conta em Canela que e Gramado. Nova Petrópolis, município próximo, tem comércio mais em conta, mas devo estar indo conferir no momento em que os leitores lêem estas linhas.
Curioso é que há uma rixa entre os moradores de Gramado e Canela, cada um querendo mostrar que sua cidade é melhor.
Estive visitando a Vinícula Miolo e a Cervejaria Farol – respectivamente em Bento Gonçalves e Canela – mas estes serão alvo de posts futuros. Também será post o episódio de “stand up comedy” vivido em Carlos Barbosa, onde italiano dono de lojas de frios (deliciosos, por sinal) faz um tremendo show para promover seus produtos. Gravei onze minutos de sua peroração, estará em breve aqui.

Outra coisa que é meio estranho para mim carioca é o trânsito. O pedestre pisou na faixa, os motoristas param – e não há sinais. Para quem está acostumado a dirigir no Rio é bem diferente. Aliás, recomendo ao leitor alugar um carro, pois não há quase táxis e não é difícil dirigir pela região.

São apenas pequenas impressões, mas estou gostando muito da região. Ideal para se conhecer um outro Brasil e descansar.

P.S. – em tempo: o Rio Grande do Sul é a terra das mulheres mais bonitas do Brasil. A superioridade desta região sobre outras neste quesito é arrasadora.