Sexta feira, mais um final de semana.
Semana retrasada comprei um cd do cantor e compositor Luiz Ayrão, grande portelense e que anda meio sumido nos últimos tempos.
Reproduzo aqui o vídeo onde, na companhia de Dorina e Almir Guineto, o grande portelense canta “Porta Aberta”, feita em homenagem à Portela e um de seus grandes sucessos, bem como outras músicas.
Abaixo a letra:

“Pela porta aberta
De um coração descuidado
Entrou um amor em hora incerta
Que nunca deveria ter entrado
Chegou, tomou conta da casa
Fez o que bem quis e saiu
Bateu a porta do meu coração
Que nunca mais se abriu / E por isso

Por isso a nostalgia tomou conta de mim
Mas um amigo percebeu e disse assim :
Para que tanta tristeza… Rapaz
Acabe com ela e vem comigo conhecer
A Portela, Portela / Fenômeno que não
Se pode explicar / Portela, Portela
Uma corrente faz a gente sem querer sambar
É ela, é ela / O novo amor a quem eu quero
Agora me entregar / O samba fez milagre
Reabriu meu coração para a Portela entrar

O samba fez milagre e reabriu meu coração
Para a Portela entrar…”






Também disponibilizo acima o áudio de “Saudades da República”, bem humorada crônica e que retrata com perfeição a vida atual da turma dos trinta e poucos anos, na qual me incluo. Abaixo, a letra:

República, república
Ai que saudades dos meus tempos de república

Chegava de porre no quarto 
Cantando chorinho e sambão 
Acordava no meio da noite 
Fazendo a maior confusão 
A camisa que eu mais gostava 
Enxugava o chão do corredor 
E uma meia da mulher amada 
Era lá na cozinha o melhor coador

Livro emprestado não vinha
E o que vinha não ia também 
Tomava o dinheiro emprestado 
Depois não pagava ninguém 
Nota baixa tirava de letra 
Na roda de samba e batida 
E brigava sem ser carnaval 
Se falasse mal da Portela querida

Requeijão que mamãe me mandava 
Sumia sem nêgo saber
A pelada era de madrugada
Com bola de não sei o quê 
Esse tempo agora é passado 
Foi um doce de felicidade 
Pois agora a barriga burguesa 
Atrás de uma mesa chora de saudade”
Bom final de semana…