No meu caso, fui “sorteado” para sofrer a vistoria da emissão de gases do motor (foto acima), que ainda não é obrigatória. Coloco entre aspas porque aproveitando-se do fato de que o estepe na Uno fica no cofre do motor a dupla de examinadoras optou por fazer o teste.
A emissão de gases é verificada em marcha lenta e à rotação de 2.500 rpm. Entretanto, não consegui manter a rotação nesta faixa e somente fui analisado na primeira situação. O supervisor de turno afirmou que para carros como Uno e Palio é difícil manter o motor na rotação solicitada, de modo que é normal não haver avaliação.
O carro foi aprovado, com os seguintes índices:
Emissão de CO2 (monóxido de carbono): o índice máximo era de 1% e foi verificado 0%.
Diluição (CO + CO2): mínimo de 6% e verificado 14,6%;
Emissão de HC – Hidrocarbonetos em partes por milhão, indicando combustível não queimado: máximo de 1.100 ppm (partes por milhão), encontrado 7 ppm.
Após a vistoria, aguardei para receber o certificado de registro veicular e, após grande demora, fui liberado. O curioso é que em momento nenhum me solicitaram a identidade ou a carteira de motorista, de forma que poderia-se perfeitamente ter se falsificado a minha assinatura que não seria detectado pelos funcionários do Detran.
Na prática, tal vistoria somente serve para criar mais um transtorno ao motorista, já atormentado por uma indústria de multas e de blitzes. O que mais se vê no trânsito carioca são carros sem a menor condição de tráfego, que certamente não passaram pela tal vistoria anual.
Pelo menos não corro risco de ser rebocado, e ainda pude apreciar a paisagem – abaixo.