Parado, quieto, iluminando ao redor.
A serviço diuturno daqueles que o utilizam
o descartam quando não mais necessário.
Imóvel,
sem poder movimentar-se,
sem poder intervir na própria existência.

As vezes ele se enamora por uma onda do mar.
Sai de sua letargia rotineira e se permite
sonhar beijos apaixonados ao luar
Com sua luz viver a felicidade do amar.
Todavia a onda some
o dever rotineiro o recoloca
onde nunca deveria ter saído.

Suas decisões sempre, sempre interessantes
aos que dependem dele
a quem o farol serve
contudo as mesmas decisões
eternamente são ruins
ao farol e suas engrenagens internas.

Segue sua tarefa rotineira
rotineiro iluminar do caminho alheio
de suas escadas pende vibração pessoal
daqueles que o fazem de veículo
às suas aspirações e objetivos.

Até que um dia,
ao final de bastante tempo,
ele não serve mais.
Pende ao chão, inerte

Cumpriu a sua missão
mas não viveu
não amou
O dever é mais importante
que tudo.

Fim de linha.

3 Replies to “Farol”

  1. Fabricio, volta e meia coloco exercícios literários aqui, não foi a primeira vez.

    Luiz, foi uma segunda vazia de tempo e cheia de trabalho… risos

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