Estou para comentar há algum tempo, mas sexta feira passada a Portela escolheu o samba enredo com o qual tentará seu vigésimo segundo título do carnaval carioca.
Conforme previam os analistas desde o início da disputa, a composição vencedora é a dos compositores Ciraninho, Rafael dos Santos, Diogo Nogueira, Naldo e Jr Scafura. Ciraninho e Diogo Nogueira são tetracampeões na escola; Scafura alcança o tricampeonato consecutivo e a sua quarta vitória.
Minha avaliação é de que haviam pelo menos dois sambas melhores, tal e qual o ano de 2009, mas não se pode descartar a força que a parceria vem mostrando em suas apresentações na quadra.
O importante, porém, é que agora este é o nosso hino, e a ele defenderemos com toda garra e paixão.
Acima posto o vídeo do samba já cantado no dia da final após o anúncio da vitória. Abaixo, a letra, sujeita a alterações.
Vamos minha águia !

“Portela segue os passos da evolução… Liberdade!
Num clique derruba barreiras
Deleta fronteiras da realidade
Desperta o bem social
Acessa o amor digital
Faz da criança inspiração
Pro futuro da nação
Na rede nossas vidas vão se transformar
Do ventre mais um ser nascerá
O Dia de Graça que o mestre cantou
Já raiou!

O meu pavilhão é minha paixão!
A luz da ciência é ela…
É samba, é jaqueira que não vai tombar
Sou Portela!

Mãos unidas pela inclusão
Povos, raças, em comunhão
Vai meu verso ao mundo ensinar
É preciso navegar!
Brilhou no céu mais um sinal
Cruzando o espaço sideral
Portela… Portal cultural de um país
Um link com a nossa raiz
Rainha da Passarela
Revela um Rio de paz pra viver
A senha de um amanhecer
Mais feliz

Minha águia guerreira
Vai voar… Viajar!
Pousar no sonho e ganhar o carnaval
E conquistar o mundo virtual!

8 Replies to “Portela 2010”

  1. O jornalista Sebastião Nery revelou, em sua coluna na Tribuna da Imprensa, como recursos milionários da CIA abasteceram o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), criado por Fernando Henrique Cardoso, em 1969. Isto ocorreu, segundo Nery, através da injeção de dinheiro da Fundação Ford – agora desmascarada como fachada da CIA.

    As informações estão no livro “Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do possível”, da jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni (Editora Nova Fronteira, Rio, 1997, tradução de Dora Rocha). “Numa noite de inverno do ano de 1969, nos escritórios da Fundação Ford, no Rio, Fernando Henrique teve uma conversa com Peter Bell, o representante da Fundação Ford no Brasil. Peter Bell se entusiasma e lhe oferece uma ajuda financeira de 145 mil dólares. Nascia o Cebrap”, diz o livro.

    Agora, completando as informações da jornalista francesa, um outro livro de 550 páginas, lançado no Brasil, com o título “Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura”, revela que a Fundação Ford não passava de um disfarce da CIA para encobrir sua atuação em todo o mundo. O livro da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders (editado no Brasil pela Record, tradução de Vera Ribeiro) mostra que os US$ 145 mil entregues pela Fundação Ford a FHC, em 1969, pertenciam à agência de espionagem norte-americana.

    Segundo o livro, a chegada de John McCloy à presidência da Fundação Ford, em 1953, viabilizou a ligação indissolúvel entre a Ford e a CIA – a ponto de a Ford ter uma “unidade administrativa para gerir os pedidos da CIA”. McCloy foi presidente do Chase Manhattan Bank e, portanto, “empregado” dos Rockefeller.

    No Brasil a Fundação Ford/CIA decidiu despejar o seu dinheiro nas mãos de Fernando Henrique Cardoso porque eles já conheciam as suas “teses”. Com o economista chileno Enzo Faletto, FHC havia acabado de lançar o livro “Dependência e desenvolvimento na América Latina”, onde defendia que países como o Brasil, só poderiam se desenvolver mantendo a dependência econômica aos EUA.

    Com a associação entre Cebrap e a Fundação Ford, Fernando Henrique passou a ser badalado como uma “personalidade internacional” e passou a dar “aulas” e fazer “conferências” em universidades norte-americanas e européias. Ele era conhecido como o “homem da Fundação Ford”. Calcula-se que o total de recursos injetados pela CIA no Cebrap chegou a US$ 1 milhão. “Não conseguíamos gastar tudo. Lembro-me de ter encontrado o tesoureiro. Santo Deus, disse eu, como podemos gastar isso? Não havia limites, ninguém tinha que prestar contas. Era impressionante”, mostra relato de Brigitte Leoni (pág. 123).

    A CIA, acrescenta a escritora Frances Saunders, considerava que entidades como a Fundação Ford eram o tipo mais plausível de disfarce para seus financiamentos… “permitiu que ela financiasse um leque aparentemente ilimitado de programas secretos de ação que afetavam grupos de jovens, sindicatos de trabalhadores, universidades, editoras e outras instituições privadas” (pág. 153).

  2. Sobre a Portela, batendo na madeira três vezes para não ocorrer a façanha de não haver NENHUMA escola de Madureira no Grupo Especial:

    Botaram jaqueira no samba. Não vi o texto do enredo para saber o que a jaqueira tem a ver com ciência – a não ser que num trocadilho com Newton, para indicar que Newton só conseguiu montar a teoria da gravidade por que ficou embaixo de uma macieira e não de uma jaqueira – mas jaca quando cai, mata…

    E bato na madeira de novo. Quero Madureira em dobro no Especial ano que vem!

  3. Bruno, a referência à jaqueira deve-se a uma música do Zé Ketti, em que ele conta a derrubada da jaqueira à sombra da qual a escola foi criada.

    Ela precisou ser derrubada para a construção da Portelinha, a primeira quadra.

    p.s. – eu vou desfilar no Império, já paguei o sinal da fantasia a tudo.

  4. Está todo mundo falando muito bem deste samba, mas ainda não ouvi.

    Na verdade só ouvi o samba da Portela até agora. Nem o samba do império que me enviaram o mP3 por e-mail eu ouvi.

Comments are closed.