Quase todo o futebol brasileiro está de férias. Já começa o papo de vai e vem do mercado e as famosas peladas de fim de ano. Quase todo mundo descansando, menos dois clubes.

Clubes que foram temas recentes do blog, Grêmio e Flamengo.

É um mérito, evidentemente. Se ainda estão em atividade é sinal de que estão vencendo. O Grêmio foi para o mundo árabe tentar seu segundo título mundial e o Flamengo espera o Independiente quarta buscando seu terceiro título continental, não são missões fáceis.

O Grêmio ainda tem uma semifinal pela frente antes da possível final contra o Real Madrid, enquanto Flamengo tem de vencer o “Rei de Copas”, time que nunca perdeu uma final sul-americana, em casa. Os dois times estão desgastados, principalmente o Flamengo, que fez 84 partidas no ano e, se tivesse chegado à final da Taça Rio e semi e final da Primeira Liga, teria realizado todos os jogos possíveis do ano.

O time gaúcho, por competência própria, chega mais descansado ao Mundial por ter poupado jogadores em várias partidas do Brasileiro. Correu o risco de acabar o ano sem títulos quando “abriu mão” do brasileiro, mas já tinha a vaga na Libertadores garantida. O Flamengo não, teve de jogar com seus principais atletas até o fim do Brasileiro devido à falta de competência de resolver sua vida antes.

Dois times desgastados e na luta enquanto outros descansam. Dois times que nesse caso podem ter suas temporadas de 2018 comprometidas.Ou voltam antes dos 30 dias de férias negociando a situação com os jogadores ou terão pré temporada menor que os rivais e isso durante o ano mostra toda a diferença.

O fato de já estarem na fase de grupos da Libertadores-2018 atenua já que se não fosse o gol de Diego aos 50 do segundo o Flamengo corria o risco de acabar a temporada em 13 de dezembro, entrar de férias e ter jogo de vida ou morte já em janeiro pela chamada pré-Libertadores.

Vale a pena esse desgaste todo? É evidente que vale. Todos os clubes brasileiros adorariam estar no lugar do Grêmio disputando um mundial de clubes e ao Flamengo é uma nova chance de salvar a temporada com dois títulos sendo um continental. Está certo que a Sul Americana é um título inferior a Libertadores, mas é título internacional e enfrentando adversários até mais tradicionais que o Grêmio pegou na caminhada pelo tri.

E os dois desgastados ainda podem ter outra grande vantagem. Para o Grêmio já é fato, o Flamengo busca ser seu adversário em fevereiro na Recopa Sul Americana.

Convenhamos, descansar pra quê?

Não tem nada que relaxe mais do que levantar taças.

Twitter – @aloisiovillar

Facebook – Aloisio Villar

[related_posts limit=”3″]