A coluna “Samba na Garoa” chega até à Gaviões da Fiel, escola que, após muitos anos sem reagir no meio da tabela, tem a pretensão de sair da fila de títulos, que em 2018 completará 15 anos.

Com o enredo “Guarus… Na Aurora da Criação a Profecia Tupi – Prosperidade e Paz aos Mensageiros de Rudá”, a Gaviões será a quinta a desfilar no sábado de Carnaval, dias 10 de fevereiro.

A entrevistada é Adriana Mondjian, porta bandeira do pavilhão alvinegro, que ao lado de Wagner forma o primeiro casal da agremiação há três anos e neste período eles perderam apenas um décimo válido dos jurados.

Drika, como é conhecida no meio do samba, nos conta sobre sua trajetória, a preparação da dupla para 2018, a expectativa da escola e como foi substituir o casal lendário Gi e Bozó.

Vamos à entrevista:

Ouro de Tolo – Conte-nos sua trajetória na dança e no carnaval e como chegou até representar o pavilhão dos Gaviões.
Drika – Iniciei no ballet clássico com incentivo da minha mãe aos 6 anos. Minha irmã Luciana, sempre foi muito Corintiana e se associou aos Gaviões em 1993, com o tempo ela foi se envolvendo no Carnaval também e em 95 na época a Torcida dirigida pelo Dentinho, a Gaviões queria formar um casal mirim, foi quando ela comentou com a diretoria que tinha uma irmã que fazia ballet. Então aos 9 anos comecei a frequentar os ensaios e com o apoio da Ildely e da Cleo (porta bandeiras da casa) fui aprendendo sobre a dança e a história. Estou com 33 anos e sou porta bandeira há 23 (somente na Gaviões).

OT – Como foi a transição da Gi e do Bozó para vocês em 2014? Afinal eles eram um casal de muita história na escola.
Drika – A transição foi super tranquila e consciente, pois eu já estava com 20 anos de formação exclusiva da Gaviões. A diretoria e toda a comunidade e claro eu, já estava esperando por este momento; foi uma cerimônia muito mágica e valiosa, estava todo mundo, torcida, sambistas e comunidade.

OT – Como é a preparação de um casal para o desfile. Quantos ensaios por semana? A preparação física é fundamental? Vocês se falam muito sobre a coreografia no dia a dia?
Drika – A preparação é sempre muito voltada para a parte física e também da dança. Eu sempre fui muito ligada ao esporte, com formação em educação física, então faço o ano todo atividades aeróbicas de resistência; quando estamos há 6 meses do carnaval, focamos na coreografia e 2 meses antes intensifico a preparação física.

OT – Como é para você a chegada do novo carnavalesco? O Sidnei França costuma fazer fantasias mais leves para a Porta Bandeira, com a saia mais alta, vai ser por aí?
Drika – É a primeira vez que trabalho com ele, até o momento tive ótimas referencias e pelas nossas reuniões tenho gostado muito, ele consegue ser especialista em tudo, é impressionante! Meu figurino é maravilhoso e tudo indica que a saia será bem leve mesmo….

OT – Como está o clima da escola para o desfile? Com o novo carnavalesco, a posição de desfile e o ótimo enredo a expectativa é de brigar pelo título? Esse constante nono lugar incomoda vocês?
Drika – Nosso samba é muito musical, é aquele que você sente no coração. Isso tem feito o clima da escola ficar muito gostoso, todos os setores estão muito envolvidos, cantando, evoluindo e comparecendo na quadra. Com o Sidnei agregando a esta nação, a expectativa é de título sim! Sobre as colocações dos últimos anos, sim é um incomodo, todos perguntam sobre o porquê delas. Mas a cada ano que passa a evolução da Gaviões é mais nítida no meu ponto de vista. Uma boa administração e liderança nos setores são pontos cruciais para sermos assertivos e isso vem acontecendo, esperem uma escola candidata ao campeonato!

[related_posts limit=”3″]