‘’Troque o preconceito pela vida’’: esta é a campanha do Ministério da Saúde em comemoração ao mês de novembro. Sai o Outubro Rosa e entra o Novembro Azul. Aliás, mês comemorativo não é bem a palavra, é mais um mês de campanha e alerta, até porque não há muita coisa a se comemorar, pois o câncer de próstata é o segundo mais freqüente em homens.

Esse slogan do Ministério da Saúde veio bem a calhar, pois muitos homens deixam de fazer o exame preventivo por conta do preconceito. Concordo que assusta um pouco e que deve ser um tanto constrangedor passar pelo exame de toque, mas quanto antes descobrir a doença, maior a chance dela ser curada.

O câncer de próstata, no geral, não está relacionado a causas ambientais e comportamentais, embora alguns estudos indiquem que o sedentarismo possa estar relacionado com o maior risco de desenvolver a doença.

Assim como a maioria dos cânceres, é uma doença silenciosa em seu estágio inicial. Por isso, é recomendável que homens acima de 40 anos façam exame pelo menos uma vez ao ano. A boa notícia é que a dosagem do PSA auxilia no diagnóstico precoce da doença, mas só a dosagem da proteína não é o suficiente para diagnosticar o câncer, por isso sempre é indicado o toque.

Eu falei aqui ano passado e repito que a campanha do Novembro Azul ainda está engatinhando se comparada ao do Outubro rosa. Em alguns lugares, clínicas oferecem exames de graça, assim como os postos de saúde, os quais também oferecem consultas. Não sei como funciona nas outras cidades, mas aqui em Belém é assim.

Tão importante quanto a disponibilidade e exames e consultas, é a conscientização de que um exame de toque não vai alterar sua masculinidade. Sim, é inacreditável que alguns homens pensem assim em pleno século XXI, mas é a realidade. Enquanto isso, segundo o Instituto Nacional do câncer, um homem morre a cada 38 minutos de câncer próstata no nosso país.

A conscientização e a prevenção ainda são os melhores remédios para tentar mudar essa realidade.

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