Por que essa é uma ótima hora para começar a acompanhar a MLB?

Bem, qualquer hora é uma ótima hora, mas eu posso estar sendo um pouco parcial ao dizer isso pois defendo que o beisebol é o melhor esporte que há. Entretanto a MLB atualmente passa por um processo de transição entre as já envelhecidas estrelas e as jovens e futuras promessas de estrelas que valem a pena acompanhar. Estas novas estrelas jogarão pelos próximos quinze a vinte anos e é um privilégio ter a oportunidade de acompanhar carreiras tão promissoras desde o princípio.

Para se ter uma ideia, muitos escritores renomados dizem que este é o “ano do novato”, mas isso não diz tudo, pois algumas destas jovens estrelas já são considerados bem veteranos – Mike Trout que o diga. Essa expressão existe pelo fato de que há diversas jovens promessas já jogando por seus respectivos clubes e que estão causando um grande impacto. Sejam eles jogadores de linha ou arremessadores, estes novatos são grandes responsáveis por seus times estarem brigando por vagas nos playoffs.

MESA, AZ - MARCH 2:  Kris Bryant #76 of the Chicago Cubs poses for a portrait during Photo Day on March 2, 2015 at Sloan Park in Mesa, Arizona.  (Photo by Rich Pilling/Getty Images)
MESA, AZ – MARCH 2: Kris Bryant #76 of the Chicago Cubs poses for a portrait during Photo Day on March 2, 2015 at Sloan Park in Mesa, Arizona. (Photo by Rich Pilling/Getty Images)

O Chicago Cubs, que não ganha nada há mais de cem – sim, você leu corretamente – anos. O Houston Astros ficava entre os piores times da liga há várias temporadas seguidas. O Minnesota Twins que vê uma luz no fim do túnel depois de várias temporadas de irrelevância. O New York Mets, o Toronto Blue Jays, o Washington Nationals e outros tiveram importante contribuição dos seus novatos para fazerem as ótimas campanhas que estão tendo.

Começando pelo mais antigo na fila de títulos, os Cubs podem ser os que mais dependeram de seus novatos para chegar onde chegaram. Com a sexta melhor campanha dentro toda a liga, eles garantiram a primeira temporada com mais vitórias que derrotas desde nem lembro quando… Dentre os principais, o terceira-base Kris Bryant e o segunda-base/shortstop Addison Russell foram os maiores responsáveis pelo sucesso do time. E como esquecer do catcher/campo-externo Kyle Schwarber?

Todos estes começaram o ano nas categorias de base, mas cedo já estavam causando impacto e aquela “boa dor de cabeça” ao técnico Joe Maddon, considerado um dos melhores da liga. Maddon logo teve que arrumar espaço para acomodar todos no alinhamento e impor medo aos adversários.

O Minnesota Twins vê seu futuro, a longo prazo e imediato, nas mãos de Miguel Sano e Byron Buxton. Chamados ao time principal durante esta temporada, eles foram aquela fagulha que o time precisava para engrenar e brigar por playoffs. O primeiro, jogador de terceira-base, tem um enorme potencial de força no bastão e promete ser daqueles jogadores que rebatem bolas para a galera; a cada aparição dele é de se esperar uma bola rebatida a 500 pés do home plate. Já o segundo, jogador de campo-externo, tem na velocidade sua maior arma. A velocidade o faz ser um defensor acima da media, requerido para a posição, e o torna uma ameaça ao chegar em base.

28bd5b7309f2379ac149ff9a3ed47c6c_crop_northO Houston Astros conta com o shortstop dominicano Carlos Correa. Correa, um ex-primeira escolha de draft, já chegou mostrando que é o melhor shortstop da Liga Americana e na briga para ser o melhor de toda a MLB. Ótimas ferramentas no bastão, consegue chegar em base tão bem quanto conseguir rebatidas de força – duplas, home runs – e combina isso com ótima desenvoltura ao lidar com os trabalhos defensivos na posição mais importante do campo interno.

O Cleveland Indians do brasileiro Yan Gomes também tem sua jovem promessa. Francisco Lindor é considerado há algum tempo já o melhor shortstop defensivo das categorias de base dentre todos os times, mas sua habilidade no bastão não era boa o suficiente para o nível mais alto de beisebol do mundo. Ele não deve rebater 30 home runs por temporada, ele não deve liderar a liga em rebatidas, mas ele deve fazer tudo com consistência o suficiente para ser um dos melhores por bastante tempo.

E que tal os Mets? Numa temporada surpreendente e ancorada por um grande corpo de arremessadores, eles também têm sua parcela de novatos. Noah Syndergaard, mais conhecido como “O Thor” pela sua semelhança com o ator do filme, vem destruíndo os rebatedores que enfrenta. Steven Matz, também arremessador novato, também vem tendo destaque. Apesar de ter passado a maior parte da temporada na lista dos contundidos, ele ganhou três  dos quatro jogos em que jogou.

Quando se fala do Los Angeles Dodgers todos já imaginam sua gigantesca folha salarial de, aproximadamente, 300 milhões de dólares – sim, isso mesmo, mas na MLB pode por não ter um teto salarial –, mas eles também contaram com novatos para estar onde estão. Joc Pederson e, mais recentemente, Corey Seager são os nomes da vez pelos lados de Los Angeles. O primeiro chegou bastante badalado – quem não chega? Afinal de contas é LA! – e fez valer tanta expectativa ao rebater home runs monstruosos e ótimas jogadas defensivas, mas diminuiu de produtividade ultimamente. Já Seager, desde que chegou, vem rebatendo absurdos 43,2% no bastão. Insustentável, mas ele está mostrando a que veio.

Como falar de jovens estrelas sem falar de Mike Trout e Bryce Harper. O primeiro já teve não uma, não duas, mas TRÊS temporadas dignas de ganhar a premiação de melhor jogador do ano e ele tem apenas 24 anos. Já Bryce Harper é badalado desde quando tinha 16 anos de idade, mas não alcançou as expectativas nos últimos dois anos, algo que não aconteceu nesta temporada. Com 39 home runs e liderando a Liga Nacional em aproveitamento no bastão – até esta terça-feira(15) – ele está mostrando que é isso tudo sim que os olheiros sempre falaram dele e ele tem 22 anos.

Joey Gallo, Eduardo Rodriguez, Carlos Rodon, Joe Ross, Michael A. Taylor, Greg Bird, Maikel Franco… Eu poderia fazer um parágrafo para cada um destes jogadores, mas o texto ficaria muito extenso, cansativo e repetitivo; mas isso não quer dizer que eles não merecessem pelo menos um parágrafo cada. Fica aqui a dica para acompanha-los no dia a dia da liga: eles prometem ser muito bons.

Até mais!

Imagens: Getty Imagens, AP, Bleacher Report