Vocês podem não entender o título da coluna, mas explico: Pedro Migão não quis fazer uma semana inteira de colunas olímpicas no Ouro de Tolo apenas porque adora esportes (e outras coisas esquisitas como NFL e baseball), nem apenas para encher o saco dos pobres colunistas obrigados a participar disso. Tem muito por trás.
Vocês podem não acreditar. Mas a família Migão há séculos influencia os Jogos Olímpicos.
É verdade caro leitor, que não deve aguentar mais ler aqui sobre jogo de botão por equipes ou esgrima artística e está com saudades de nosso querido editor chefe tentando defender José Dirceu e acusando a CIA, KGB e a chapa azul do Flamengo de tentarem derrubar o PT e a ponte nova do Galeão. A história vem de longe.
Na Grécia antiga entre uma massagem relaxante e outra feita por seus escravos vindos da África o Imperador Migaus I teve uma ideia genial.
Ele tomava um banho coletivo com senadores e filósofos quando um sabonete caiu no chão. Ouve uma grande correria; uma luta intensa para ver quem pegaria o sabonete primeiro e aí o Imperador teve a ideia de transformar aquilo em esporte.
A primeira maratona saboneteira ocorreu logo depois com o Imperador Migaus I e seus colegas competindo para ver quem se agachava e pegava sabonetes mais rápido. A Grécia toda parou para acompanhar e aplaudir os atletas. O ancestral de Pedro Migão venceu a competição, levando a medalha de ouro e um Hipoglós como prêmio.
Com os Jogos Olímpicos já instituídos o Imperador Migaus II (Que vem ser filho do I e pai do III) fazia questão de levar os atletas vencedores ainda despidos para o palácio (a família que teve a ideia dos homens disputarem pelados) e dar a eles todas as honrarias de heróis da pátria.
Muitos séculos depois coube ao Barão grego Pedro Migaonopaulus a ideia de voltar com esses jogos. Um dia ele conversava numa sauna com o Barão de Coubertin e se lamentava que era um azarado, burro e ninguém lhe entendia (a família sempre foi dramática). Coubertin pediu que não se lamentasse, pois Migaonopaulus era esforçado e o importante era competir. Dessa de competir Pedro lembrou a história de seus ancestrais e criou os jogos.
Migaonopaulus contou ao barão que tinha um grupo de amigos especialista em grandes empreendimentos que poderia desenvolver o projeto. Passou então ao PT (Platonistas Teórico), um grupo de barbudos de língua presa que discutiam Platão, o universo em expansão e a comissão do mensalão. O grupo “cobrou tantas comissões” que o sonho olímpico teve que ser adiado em 20 anos; só realizado em 1896.
O atleta polonês Pedrovisk Migaozovic foi o primeiro a conquistar a medalha de ouro ao saltar 30 centímetros na modalidade conhecida como “salto na vara”.
Nas olimpíadas de Berlim em 1936 Jesse Migowens bateu recordes no atletismo e Hitler se recusou a lhe entregar a medalha olímpica. Relatos dão conta que o nazista foi embora ao saber que Migowens culpava a mídia por fracassos do governo de esquerda. Hitler disse “esse é mais louco que eu”.
Nas Olimpíadas de Tóquio Pedroh Migoshi foi o primeiro atleta japonês a ganhar medalha de ouro no “assalto em altura”; como recompensa virou diretor de uma grande empresa.
Em Munique um parente distante fez o “Setembro de Tolo” sequestrando repórteres do SporTv e só aceitando libertar em troca de um avião com gasolina e a demissão de Edinho da empresa. O sequestro acabou em tragédia: Edinho teve o contrato renovado.
Assim como Renato Abreu foi contratado pelo Flamengo e por isso no fim das Olimpíadas de Moscou o ursinho “Migaosha” chorou comovendo a todos.
Comunista ferrenho (apesar de adorar esportes americanos) Pedro Migão comandou o boicote dos países comunistas às Olimpíadas de Los Angeles em 1984. Aproveitou que não teria nenhum camarada por perto e foi visitar a Disney. Confundido com o Pateta, Migão acabou trancafiado no parque e teve que viver nele por dois anos até descobrirem a confusão.
Nas Olimpíadas de 1988 Pedro Migão vendeu uma garrafa de cerveja importada para Ben Johnson antes dos 100 metros. O que não se sabia é que Migão acusava o atleta canadense de ser informante da Veja e colocou anabolizantes na garrafa. Em 1992 Pedro Migão foi o inventor do “Aai, ai, ai, ai, em cima, em baixo, puxa e vai” nos jogos de vôlei e por causa disso foi impedido de frequentar quadras do mesmo por dez anos.
Em 2000 Pedro Migão gritou no ouvido de Baloubet de Rouet que o Flamengo iria cair. O cavalo se assustou e refugou. Em 2004 Pedro Migão tentou ajudar Wanderley Cordeiro de Lima a vencer a maratona e, vestido de macumbeiro, invadiu a pista para tirar seus principais competidores. Tinha se enganado. A prova foi no dia anterior e as Olimpíadas já tinham acabado.
Em 2009 Chicago iria ganhar a sede das Olimpíadas de 2016. Pedro Migão trocou o papelzinho do anuncio por Rio de Janeiro e assim ganhou um aumento no trabalho, dado por Lula.
Em 2011 não teve Olimpíadas, mas Pedro Migão roubou a tocha olímpica e tacou fogo no barracão da Portela ao saber a lambança que o comandante Nilo estava fazendo no mesmo. Pena que o Comandante escapou…
Em 2012, antes da semifinal contra Alemanha, Pedro Migão disse a Luis Felipe Scolari “Bote Bernard no lugar de Neymar. Jogue como Brasil. Jogue sem medo”. Ah não… Isso foi em 2014. Mas de qualquer forma o Brasil se deu mal nas duas competições.
Esse ano Pedro Migão disse ao prefeito de Boston “Fique tranquilo. Assim que a Portela for campeã do carnaval vocês levam as Olimpíadas”. Logo depois Boston retirou sua candidatura.
E a última de Pedro Migão. Ele armou os escândalos contra Joseph Blatter e a cúpula do futebol para emplacar Rafael Rafic como presidente da FIFA.
Bem. Aí está um pouco da verídica história de Pedro Migão e sua família. A dinastia olímpica que cerca a família Migão. Vamos ver o que esse homem à frente (e de costas) do seu tempo vai aprontar nos jogos do Rio.
E não percam mês que vem a “semana animal” com cada colunista falando de seu animal preferido – porque faltarão dois anos para o campeonato mundial de briga de galos sincronizados, que será disputado em Varre e Sai.
Pausa.
Twitter – @aloisiovillar
Facebook – Aloisio Villar
Que cara feio.