Dando sequência à série sobre a cidade americana, seus parques e atrações, hoje temos algo que sempre seduz aos brasileiros que viajam para aquelas paragens: a possibilidade de se fazer compras de bens a preços bastante inferiores aos brasileiros.

Antes de qualquer coisa, respondo à pergunta que os leitores devem estar se fazendo: vale a pena ainda fazer compras com o dólar acima de R$ 3?

IMG_4210A resposta é: para muitos artigos, ainda vale, especialmente nos chamados outlets. Itens como roupas em geral – especialmente as de marca -, tênis, relógios, material esportivo, perfumes e bolsas ficam, convertidos em reais, ainda abaixo do que se encontra nas lojas similares por aqui. Em muitos casos, bem abaixo.

Além de cervejas, que serão alvo de um post próprio.

Por outro lado, eletrônicos de um modo em geral não estão valendo a pena, especialmente celulares e principalmente produtos da Apple – os preços em conta, em sua maioria, são para planos de fidelidade local. Trouxe apenas um Chromecast, mais por ser uma compra de ocasião que propriamente pelo preço – embora tenha saído uns R$ 80 mais barato que se comprasse aqui, após todas as taxas.

Lembro ao leitor que há uma cota de US$ 500 sem taxação, na qual roupas de uso próprio não entram. Ou seja: tire todas as etiquetas das roupas que comprar para uso próprio. Também se pode trazer um celular e um relógio, desde que em uso. Para bebidas, há uma cota de doze litros por pessoa, excetuando-se o que se compra no free shop.

Além das lojas existentes nas atrações, das quais falarei mais abaixo. Vale lembrar que, ao contrário de New York, todas as compras pagam o imposto sobre o comércio, de aproximadamente 6%.

20150228_172115Há uma gama de lojas, shoppings e outlets nas quais se pode fazer compras, bem como redes varejistas como a Target e o Walmart e redes de drogarias como o Walmart e a CVS. Vamos por partes.

Estive em dois outlets durante  a viagem: o Orlando International Premium e o Orlando Premium – mais conhecido como Vineland, em referência à avenida onde se localiza. Ambos pertencem ao mesmo grupo, tem arquiteturas semelhantes e um grupo de lojas semelhantes, mas, curiosamente, o segundo tem bem mais ofertas que o primeiro. Pessoalmente aconselharia não ir ao primeiro e se concentrar no segundo, que, embora fora da cidade – mais perto dos parques da Disney -, possui melhores ofertas e alguns preços mais convidativos.

No outlet, chamaria a atenção a algumas lojas que possuem preços ou promoções interessantes. Ao entrar, apresente seu passaporte ou pague uma taxa de 5 dólares no quiosque do “guest service” para pegar o livro de descontos, que, apresentado no caixa, permite um abatimento sobre o valor total da compra. Este varia um pouco de local para local, podendo ser por percentagem, por desconto em dólares ou apenas acima de um determinado valor.

Muitas lojas aplicam os chamados “descontos off”, que significam que o preço da etiqueta sofrerá o desconto indicado na gôndola ou arara. Na prática, um casaco/capa da seleção da Itália que estava em promoção por 70 dólares com um “off” de 40%, somando-se aos 20% do desconto assignado no cupom acabou saindo por US$ 35 mais 6% de imposto – o que deu cerca de R$ 120, em uma conta grosseira. Aqui no  Brasil sairia pelo menos o dobro.

20150306_143954Diga-se de passagem, diria que a maior pechincha da viagem foi justamente esta loja da Puma, em que comprei o casaco/capa. Precisava-se de um pouco de paciência para pesquisar pares de tênis, mas comprei um par branco da Ferrari (em couro) por 40 dólares. Camisetas básicas a 7 dólares e calções a cerca de 15 doletas. Dica: na loja da Puma há que se comprar um número maior que o normal, pois as roupas são bastante justas.

Outro tipo de modalidade de desconto é aquela em que se compra um determinado produto e se pode levar um segundo igual – ou do mesmo grupo – pela metade do preço ou “de graça” – com os relógios na Fóssil, por exemplo, com alguns saindo a 75  dólares.

A loja da Adidas para camisetas ou pares de tênis tinha o esquema “pague dois, leve três”, o que na prática significa que um par que custava 50 dólares (de couro) acabou saindo por 33,40. Neste esquema, comprei camiseta do New York Knicks por menos de 15 dólares. Na Adidas também comprei bolsa/mala de viagem por 55 dólares, tamanho grande.

20150306_110351Um parêntese: se o leitor não torce pelo Orlando Magic ou pelo Miami Dolphins, vai ser quase impossível achar material de equipes esportivas americanas. A loja da NBA anexa ao restaurante temático na City Walk da Universal tem alguma coisa, bem como o outlet da Adidas. Mas da NFL, só mesmo um ou outro boné perdido e olhe lá – uma das lojas em que estive tinha alguma coisa em camisetas, mas nada dos Giants. Na Lids do outlet tem alguma variedade em bonés e na Macy´s havia material do NY Yankees e do Boston Red Sox.

Outra dica é que na loja da Nike – que nem estava assim tão atraente em termos de preços, à exceção de bermudas – os números de tênis são menores que a correspondência de tamanhos americanos e brasileiro usual. Trouxe um par com praticamente dois números maior que os demais comprados em outras lojas.

No outlet vale também mencionar as promoções em lojas de roupas masculinas. Lojas como a Polo, a Tommy Hilfiger (esta mais para camisas que calças), a Calvin Klein e a Lacoste estão com bons preços. Nesta última, camisas polo clássicas nas cores amarela e laranja estavam a 30 dólares e outras cores e modelos, se levando três, saíam a 52 dólares antes do desconto de 20% no caixa. Bermudas masculinas também saíam a 30 dólares antes do desconto. Lojas como a Gap e a Guess, mais voltadas ao público feminino – mas não só a este – também traziam bons preços.

20150302_185026No Florida Mall, que não chega a ser um outlet (ao lado), os preços são um pouco mais altos que no outlet, mas lojas como a Macy´s ainda têm alguns bons preços. Comprei meias Calvin Klein, pacote com 12, a 1 dólar a unidade, por exemplo.

A Disney Store do shopping tem preços mais baixos que os encontrados nos parques, sendo boa opção especialmente para a compra de fantasias de princesas que todo mundo que tem filhas sabe que elas irão pedir. Também vale uma olhada atenta nas lojas da Aeropostale, da Victoria Secrets e da Guess. Na Victoria Secrets, após renovar meu estoque de desodorantes (sou extremamente alérgico), ao fim da compra ganhei uma bolsa de viagem incluída na compra (foto no início).

Aliás, é curioso ver na praça de alimentação do Florida Mall brasileiros lanchando em lugres que jamais frequentariam por aqui…

Walmart e Target são semelhantes em termos de variedades e produtos. Achei os dois bem parecidos, com variedade de produtos e preços bem semelhantes. No primeiro chama a atenção a variedade de souvenires da Disney a preços mais baixos, também, que nos parques. Para o público feminino há grande disponibilidade de produtos de cabelo e unhas a preços módicos, mas não só estes: pode-se encontrar de quase tudo lá. É visita obrigatória.

walgreensAs redes de drogarias Walgreens e CVS também merecem um tempo, tendo uma disponibilidade de itens muito maior que as drogarias brasileiras. Pessoalmente achei a primeira mais sortida que a segunda, tendo preços semelhantes. Nos Estados Unidos as drogarias vendem de cerveja a malas de viagem, passando até por remédios.

Finalizando, os parques temáticos. Praticamente todas as atrações de todos os parques terminam em alguma lojinha com itens pertinentes; acaba sendo (quase) impossível não se levar algo. Mas, pesquisando, se acham alguns artigos a preços interessantes.

Aviso ao leitor, também, para evitar parar nos quiosques comandados por brasileiros nos outlets. A chance de levar gato por lebre é considerável. Por outro lado, praticamente todas as lojas possuem alguém que fale espanhol ou português, o que ajuda a quem não é fluente na língua inglesa.

No próximo artigo da série, as semelhanças entre a Parada Disney e o desfile das escolas de samba. Até lá.

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