Depois de duas participações seguidas no Desfile das Campeãs, a Imperatriz Leopoldinense mostrou mais um desfile com condições de brigar por uma vaga no sábado. Pela primeira vez desde 1979, a escola de Ramos fez um enredo eminentemente afro mas teve problemas estéticos.

Veja as opiniões dos nossos colunistas:

Alex Cardoso: a Imperatriz se credenciou ao título e garantiu vaga no sábado. Não me encantou a evolução mas funcionou. A harmonia também foi boa, embora o ótimo samba não tenha conquistado a Sapucaí. O picote de áudio, o primeiro desta noite, atrapalhou. Desde que entrou na avenida, a equipe técnica do carro de som ficou tensa mexendo no cabeamento atrás dele. No segundo setor, vimos o choque de cores de que gosto tanto quando bem feito, do colorido ao preto e branco das zebras, no já conhecido excelente bom gosto de Cahê Rodrigues. Eu detesto o recurso de telão, já usado por Mocidade e Portela, e repetido na última alegoria da Imperatriz. Mas o diferencial é que a escola de Ramos trouxe isso atrás do carro como acabamento, o que tornou o recurso fantástico. Quando a escola traz isso como destaque parece apelativo.

Leonardo Dahi: A Imperatriz foi mais uma das escolas que me decepcionaram. Apesar do espetáculo do Nêgo na condução do samba, a estética não me agradou muito, o chão não foi dos melhores e a bateria, que tinha começado bem, atravessou. Acho que complicou até para voltar no sábado.

Lourival Mendonça: a África da Imperatriz começou maravilhosa, com um dos melhores abre-alas da noite. Mas as demais alegorias e tripés deixaram a desejar. Já as fantasias foram bonitas, mas algumas bem genéricas, pouco inovadoras em termos de África. O colorido, que não pode ser considerado exatamente uma inovação, mas sem dúvida uma solução estética interessante, esteve onipresente no desfile. Samba e bateria passaram bem. Boa candidata para ficar entre as seis primeiras.

Rafael Rafic: começou de forma absurda, parecia que pintaria a campeã, mas à medida que o desfile foi seguindo, problemas começaram a aparecer nos carros (e todos eram pequenos) e na harmonia. A evolução, ao contrário, foi perfeita. Porém, a bateria deixou demais a desejar. Ainda assim, deve voltar nas campeãs.

Rodrigo Farias: desfile com muita força, com canto espetacular e evolução digna de 10. A lamentar apenas a irregularidade das alegorias, bem aquém das tradições da escola. Fantasias criativas e de boa leitura. Pode credenciar a escola ao sábado das campeãs mais uma vez.