Encerrando o período de análise dos sambas-enredo de 2015, venho hoje falando sobre as oito obras que passarão pelo Anhembi nos desfiles do Grupo de Acesso, que acontecem em 15 de fevereiro, domingo de Carnaval. Vocês já sabem, mas não custa repetir, levo em conta aqui os critérios estabelecidos no manual do julgador: adequação da letra ao enredo, riqueza poética, construção melódica do samba e entrosamento entre letra e melodia.

Agora sim, vamos aos sambas. As notas vão de 8,0 a 10,0.

independentetorcidaIndependente Tricolor

Enredo: “Bravos à luta!”

Compositores: Pê Santana, Vaguinho, Cláudio Russo e Márcio André

Intérprete: Pê Santana

Estreando no Grupo de Acesso, a Independente Tricolor tem em Shaka Zulu o fio condutor de seu enredo sobre os negros que fizeram história no Brasil. E tem um samba à altura da galáctica parceria que venceu a disputa da escola. Um sambaço. O refrão principal é dos mais empolgantes do ano: “ooooooooo, Independente eu sou  / oooooooo sou Shaka Zulu, um guerreiro vencedor”. Após a disputa, a escola inteligentemente optou por levar esse “ooooo” em uma crescente e não em uma descendente, como na versão da disputa, valorizando assim a melodia.

A primeira parte tem uma melodia envolvente e uma letra muito bonita, onde destaco o trecho “vencendo os preconceitos / há feridas no meu peito / quanta humilhação”. A letra foi muito bem construída, de modo que apresenta com clareza os pontos iniciais do enredo.  Por outro lado, o refrão do meio tem uma falha grave no verso “muitos cruzaram o mar (de Yemanjá)”, pois o “muitos” é atropelado pela melodia, mais acelerada do que deveria.

O ponto alto do samba é a espetacular segunda parte que tem uma letra muito forte. Versos como “silêncio que a mordaça não calou” são dos mais inspirados do CD, mas a grande sacada mesmo está em: “A sociedade impõe limite à igualdade / sempre se rende ao bravo talento dessa minha gente”. Os compositores encaixaram a contradição que vivemos na questão racial de maneira brilhante. Esse é, sem dúvida, o ápice de um samba que vai abrir em alto nível os desfiles do Acesso.

Nota: 9,9.

Colorado do Brás

Enredo: “Maktub – ‘Estória’ de Mil e Uma Histórias”

Compositores: V. Gabriel, Minuetto, Gui Cruz, F. Segal, Portuga, Luciano, Marçal, Reinaldo e César

Intérpretes: Rodrigo Atração e Chitão

A Colorado do Brás faz em 2015 uma homenagem à comunidade árabe no Brasil e tem um samba muito agradável de se ouvir. O refrão principal é dos bons: “vermelho e branco é paixão / a escola do meu coração / mil e uma noites para descrever / Colorado, o meu amor por você”. Os compositores reproduziram com fidelidade o que foi proposto na sinopse e a letra é de fácil entendimento.

O problema é que é um samba um pouco engessado. Ele é quase um recorte dos trechos mais importantes da sinopse. Não tem nenhum verso que se destaque por uma grande sacada. É um bom samba, com uma letra muito boa e muito bonita, mas dava para ter ido além. A melodia me agrada muito, mas tem variações demais, especialmente na primeira parte.

A segunda parte é o destaque do samba depois do refrão principal. A melodia é muito bonita e tem perfeito entrosamento com a letra. O refrão do meio também passa muito bem, mas o verso “vem de lá, vem de lá” não faz muito sentido quando associado ao resto da estrofe. Rodrigo Atração mais uma vez desponta como uma das mais gratas surpresas da geração mais recente de intérpretes. Chitão não comprometeu, mas não se destacou.

Nota: 9,7.

Unidos do Peruche

Enredo: “Karabá e o menino do coração de ouro”

Compositores: Schumaker, Bola, Fabiano Pires, Schmidt e Dhall

Intérprete: Toninho Penteado

Depois do péssimo resultado no Carnaval de 2014, a Unidos do Peruche parece ter dado uma sacudida para tentar voltar ao Grupo Especial. O enredo escolhido é muito bom, conta uma lenda africana de um menino com coração de ouro, e o samba é aquilo que se espera de uma escola como a Peruche. A obra escolhida pode não ser histórica, fenomenal, mas, ainda assim, tem muita qualidade e é um das melhores do ano a passar pelo Anhembi.

O grande mérito do samba é contar a história descrita no enredo. Temas que contam histórias pedem sambas que façam uma descrição direta do que será contado e não citações indiretas como em enredos mais abstratos. E esse samba faz isso muito bem. Ainda que a Filial do Samba não tenha divulgado sua sinopse, dá para compreender perfeitamente o enredo só pelo samba. Agrada-me muito o refrão principal, que não é explosivo mas, ainda assim, é empolgante e tem ótima melodia.

Outro ponto alto do samba é a clareza. Porque não basta transmitir a história contada pelo enredo. É preciso fazer isso de maneira simples, direta, sem muitos rodeios e o samba também faz isso. De quebra, a segunda parte ainda tem trechos belíssimos como “um beijo pra selar o amor / o poder do amor é singular, atitude pra mudar / missão cumprida, reluz a vida / olha aí a nossa Tribo na Avenida”. A melodia foi bem construída e os compositores encaixaram variações interessantes nos dois refrões e no verso “na força do canto do povo renasce mais forte” (esse uma ousadia muito bem sucedida), evitando assim que o samba caísse na mesmice. Toninho Penteado fez ótima gravação.

Nota: 10,0.

Camisa Verde e Branco

Enredo: “Eu acredito em previsões! E você?”

Compositores: Marcelo Careca, Moisés Santiago, Mariano Araújo e Nilson Santos

Intérprete: Tiganá

O Camisa Verde e Branco teve uma safra bastante aquém do esperado para o enredo sobre as previsões. A disputa de samba não teve nível muito alto e, no fim, foi escolhido o samba da parceria de Moisés Santiago, que, infelizmente, não é dos melhores. A obra deve bastante à discografia recente da escola e não deve ser um grande aliado na tentativa de voltar ao Grupo Especial.

O ápice do samba, aquele momento de maior empolgação, ao meu ver, não foi feliz. Os versos finais, “Barra Funda és minha paixão / do céu vem a revelação / nesta Avenida, a consagração” ficaram um pouco desconexos. O último verso não “fecha o raciocínio” construído pelos dois primeiros. Já o refrão principal foi bem pensado, mas o resultado não foi tão bom. A sucessão de rimas simples prejudica a riqueza poética da obra e a melodia simplesmente não fecha. A saída foi encaixar dois “meu Camisa é campeão” no final, o que arrebentou completamente com a melodia e arrastou o refrão.

A letra conta bem o enredo e aborda todos os pontos por ele explorados, mas esse é justamente outro ponto negativo. No afã de falar de tudo, a letra acabou perdendo sua conexão e se tornou excessivamente descritiva. Também me incomoda o excesso de menções à “previsão” de que o Camisa será o campeão (ao todo, são três passagens). O grande destaque é o excelente refrão do meio, com melodia envolvente, que é gostoso de cantar. O resto da melodia, no entanto, é muito regular e, em alguns momentos, se torna um pouco arrastada. Tiganá teve desempenho apenas regular na gravação.

Nota: 9,4.

Imperador do Ipiranga

Enredo: “Oxente! Cabra da peste. A Imperador chegou para coroar a  nação do Nordeste”

Compositor: Vinícius Morello, Jackson Silva, Rodrigo Xará e Buiú

Intérprete: Fernandinho SP

A exaltação ao Nordeste pode não ser um enredo dos mais inéditos, mas sempre rende coisa boa. A Imperador do Ipiranga teve uma disputa de alto nível, com duas obras despontando como favoritas: a da parceria de Thiago Meiners e a da parceria de Vinicius Morello, que foi a que se sagrou vencedora. Assim sendo, não é preciso dizer que a Imperador está bem servida no quesito samba-enredo para 2015.

O samba não foi feito para “sair do chão”. É samba que exige um bom trabalho da harmonia para que seja bem cantado porque a melodia, muito bem trabalhada, pode não ser um convite ao folião morrer de cantar. Porém, uma audição mais atenta já servirá para mostrar a quem for desfilar como é gostoso cantar esse samba. A melodia, insisto, foi muito bem trabalhada, com ótimas variações e a letra é impecável. Ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com o Camisa, a letra viaja pelos diversos pontos do enredo com uma boa conexão entre eles.

O refrão principal é bom, apresenta bem o enredo e a escola. Só me incomoda um pouco o clichê “é do Nordeste, cabra da peste, meu coração”, que foi um pouco forçado. A primeira parte é linda, tem a melodia mais bem construída de todo o CD e trechos inspirados como “vixe mainha, como é lindo esse lugar” e “meu samba embala o baião / poetas são inspiração / terra de gente feliz, gigante pela própria natureza / vou celebrar em oração a minha devoção”.

Esse último verso fecha a primeira parte e leva o samba ao extraordinário refrão do meio, que é a melhor estrofe do CD. A melodia envolvente em “oh Pai olhai por nós / eu sei que escuta a minha voz”, que vai em uma decrescente até voltar a subir em “teu povo hoje está em oração / abençoai os filhos desse chão” foi um acerto enorme. A segunda parte também descreve bem o enredo e tem uma ótima letra com boas sacadas como “esse é meu jeito de ser, não posso negar”. O ápice do samba em termos de empolgação começa justamente aí, com uma exaltação à própria Imperador, mas a melodia fica muito travada por conta dos seis versos finais terminados em “ar” – contar, negar, passar, vibrar, arrepiar e coroar. Fernandinho SP, apesar de não ter ido bem em alguns momentos, deu outra cara ao samba.

Nota: 9,8.

Morro da Casa Verde

Enredo: “Entre plumas e paetês”

Compositores: Thiago SP, Chocolate, Tigrão, Atração, Godoi, Anderson Lagrilinha, Galo, Santana, Samuel B., Betão, Gordinho, Edson Liz, Caló e Fabião

Intérprete: Adeilton Almeida

Depois do sensacional samba sobre o medo, a parceria vencedora da disputa do Morro da Casa Verde para 2014 teve uma missão ingrata: fazer um samba sobre plumas e paetês. E, pelo incrível que pareça, Godoi e parceiros conseguiram fazer um samba irreverente, animado e extremamente funcional, de fácil comunicação, para um enredo complicadíssimo. Foi a receita para vencer mais uma vez na verde-e-rosa.

O samba explorou todos os pontos mais simples que a sinopse abordava e brincou com esses pontos. É um samba leve, com a cara do Morro. O problema é que fazer um samba irreverente e brincalhão para um assunto complicado acaba criando versos insólitos como “ela tem origem animal / de uma ave magistral / ele vem do polo industrial”, “eu quero ver o avestruz sambar” e “brilhando com nobreza e altivez / salve, salve paetês”. Ainda assim, o samba passa bem e esses versos são um preço pequeno a se pagar. O refrão principal é agradável e a melodia contribui para a leveza do samba.

Os compositores construíram uma melodia simples, que flui com naturalidade, a exceção de alguns trechos da primeira parte em que a letra parece ser mais ágil eu a melodia (versos 4, 5 e 6). A segunda parte, por outro lado, é mais cadenciada, com melhor entrosamento com a letra, tem boas variações e facilita o canto. O ponto alto do samba é o casamento perfeito entre letra e melodia nos versos finais: “do asfalto à alta sociedade / eu te convido a desfilar / num lindo baile, fantasiado de felicidade”. Depois de decepcionar um pouco em 2014, o intérprete Adeílton voltou a seguir seu estilo e conduziu bem o samba, abrilhantando a gravação com cacos e gritos de empolgação tão irreverentes quanto o samba e a escola.

Nota: 9,6.

leandrodeitaquera2015Leandro de Itaquera

Enredo: “Invencível – Nelson Mandela”

Compositores: Gilson Nunes Vitório, Jorge Paulo Alves de Melo, Rogério de Oliveira, Mauro Lúcio da Silva, Jorge Inácio, Orlando Francisco Filho e Moacir Antônio de Oliveira

Intérprete: Juninho Branco

Falando sobre Nelson Mandela, a Leandro de Itaquera tem um bom, porém irregular samba para tentar voltar ao Grupo Especial. A Velha Guarda da escola venceu a disputa com uma obra que se destaca pelos dois refrões, que possuem a chamada “pegada afro” e são excelentes. O principal diz “o rufar do tambor, o alvorecer na passarela / exaltamos em vermelho e branco ; você, Mandela”. O do meio é ainda melhor: “axé, Madiba, axé! / vem à Corte, festejar / Sou Leandro de Itaquera / o meu pavilhão vai triunfar”.

A primeira parte também é excelente. A letra descreve bem os primeiros setores do enredo, que mostram o cenário da África do Sul em tempos pré-Mandela e os primeiros anos do grande líder sul-africano. É um samba básico, sem grandes inovações, mas, ao mesmo tempo, agradável de se ouvir. A segunda parte também é muito boa, mas parece fazer parte de outra obra, tão brusca é a mudança na linha melódica. O samba é levado em um andamento muito mais lento.

Outro ponto a se lamentar é que, dentro dessa segunda parte, o samba se divide melodicamente em outras três partes, quebrando completamente o conjunto melódico. Por outro lado, a letra é inspiradíssima ao exaltar a luta de Mandela contra o regime de segregação racial, com destaque para o verso “pra vencer o apartheid, abre a jaula e solte a fera”. Juninho Branco tem, mais uma vez, ótimo desempenho na condução do samba.

Nota: 9,8.

Pérola Negra

Enredo: “Pérolas”

Compositores: Victor Sampaio, Thiago Toni, Alexandre Gordão, Sales, Marcelo Ribeiro, Vandir, Thiago Meiners, Victor Alves e Nandão

Intérprete: Igor Vianna (Part. Especial: Douglinhas Aguiar)

Encerrando os desfiles do Grupo de Acesso, a Pérola Negra tem mais um samba brilhante para sua discografia recente. O enredo sobre as pérolas ganhou um samba diferente, de melodia ousada, bem construída e com trechos inspiradíssimos. Para começar, o refrão principal é o melhor de todo o CD: “brilha, revela o seu poder ao mundo inteiro / encanta, a Vila Madalena é quem me faz sonhar / no samba é raça, a jóia querida / Pérola Negra, razão da minha vida!”.

A letra não é muito descritiva, opta por menções indiretas aos diferentes pontos do enredo. Assim sendo, na primeira parte, o samba se destaca mais pela melodia que pela letra.. Ainda assim, a letra é clara, resume bem o enredo e cumpre o seu papel. O samba volta a crescer demais no excelente refrão do meio: “vai reluzir no infinito ; sabedoria e fascinação / é a pureza, o portal do paraíso / pra quem tem paz no coração”.

A letra se destaca mesmo na fantástica segunda parte, quando tem um entrosamento perfeito com a melodia. Dos versos 1 a 4, o samba vai em um andamento, digamos, “normal” e, a partir do quinto verso, “embala meus sonhos, ó musa divina”, letra e melodia crescem juntas em “desfila poesia e beleza / brilhando na tela, na passarela / sua exuberância é o que me faz delirar” até explodir em “o seu colar enfeita o colo da morena / você verá que vale a pena / o seu sorriso vai me conquistar”. E é justamente nesse verso que o samba escorrega. Como ele é “falado” diretamente para as pérolas, “o seu sorriso vai me conquistar” acaba ficando um pouco sem sentido. A versão concorrente tinha uma letra mais bem construída nessa parte final. Igor Vianna tem o melhor desempenho do CD e ainda conta com o grande Douglinhas, que cantou o hino da escola como alusivo.

Nota: 9,9.

Considerações Finais: uma safra muito boa, melhor que a do Grupo Especial, com um bom número de sambas de alto nível e onde todos podem render bem na Avenida. Em ordem de preferência, do melhor para o pior, considero:

  1. Peruche
  2. Pérola Negra
  3. Independente
  4. Imperador
  5. Leandro de Itaquera
  6. Colorado do Brás
  7. Morro da Casa Verde
  8. Camisa Verde e Branco

Abaixo, todos os áudios oficiais.

9 Replies to “Os sambas do Grupo de Acesso do Carnaval de São Paulo em 2015”

  1. Há mais ou menos duas semanas atrás, eu tinha postado no twitter que o samba da Unidos do Peruche era o melhor do Grupo de Acesso, e um dos 5melhores juntando Especial/Acesso.
    Pelo enredo ser mais simples que o do Especial, a safra do Acesso ficou bem melhor.

  2. nesse grupo de acesso,são quatro favoritas,unidos do peruche,camisa verde e branco e pérola negra,além da leandro de itaquera.a imperador do ipiranga e a colorado do brás brigam por fora,enquanto a independente tricolor e amorro de casa verde brigam pelo descenso.mas,eu posso até me enganar pelo desfile que vão passar no canal viva.agora é esperar para ver.e eu estou do seu lado ,porque eu ouvir a gravação do império serrano e de fato os cantores do império serrano ,de fato não possuem condições de cantar nesse momento no império serrano,e achei a gravação da alegria da zona sul ,um pouco pesada,mas até que boa.e que sambaço da renascer de jacarepaguá.que sambaço.

  3. se é assim ,teremos um acesso complicado de passar pela televisão ,o que faz com que o acesso ,pára mim passe na bandeirantes o que não acontece desde 2010 assim poderemos ter uma boa vida ao passar na band ,que eu acho que respeita sim o carnaval paulista do acesso.e também comemorar a vitória no acesso da estácio de sá que finalmente parece que vai sair dessa merda ,com todo o respeito que é o acesso.a colorado do brás posso até mudar o meu palpite e colocar como favorita ao título ,mas sem grandes favoritismos também.

  4. dahí , eu não sou um conhecedor profundo do carnaval paulista,mas para mim o top-10 paulistano é esse;gaviões da fiel 1994 ,gaviões da fiel 1995 ,vai-vai 1972,e aí nós temos ,mocidade alegre 2004,mocidade alegre 2006,vai-vai 2011,unidos do peruche 1989,peruche 2015,mocidade alegre 2012 e morro de casa verde 1993.como voce ,sou fã do carnaval carioca e um pouco menos de são paulo.mas essa é minha lista ,e qual é a sua,mais,menos,arroz com feijão,rs.e aí por onde anda o serginho kt,averiguou , virou cantor de bar,ou outra profissão.abraços dahí e repito,tirando o cremilson silva,o resto não tem condições de cantar na avenida ,se é que me entende,e se fosse eu,não ia tirar uma vírgula do que voce disse,

    1. Confesso que não sei por onde anda o Serginho KT, última vez que ele levou o samba da Imperador foi em 2007. Meu Top 10 tem, em ordem aleatória:

      – Cabeções 1981
      – Leandro 1989
      – Narainã
      – Mocidade 2012
      – Gaviões 2002
      – Mocidade 2007
      – Mocidade 2003
      – Rosas 1994
      – Vai-Vai 2011

      Não são os melhores, mas os que eu mais gosto.

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