Nesta quarta feira a coluna do empresário Emerson Braz trata sobre os papeis do Estado brasileiro, a utilização dos impostos e a ética de quem reclama do governo.

Os papéis do Estado

Nesse último mês algumas discussões tomaram os fóruns atuais de discussão e fizeram a sociedade se debruçar sobre o papel do Estado Brasileiro. O Trocadilho com o título você vai ver logo à frente.

Sempre estamos vendo questões de justiça, sobre no que o Estado deve se meter, como se meter ou mesmo se manter. Questões filosóficas nervosas, afloradas pelo fanatismo politico serão, como sempre aqui, deixadas de lado. Sua opinião sobre o tamanho do mastodonte é sua e ninguém tasca.

A Economia brasileira é fomentada pelo Estado por princípio. A gente nunca ouve falar de um grande projeto que não tem financiamento público envolvido. Nenhum conglomerado foi formado sem a forte presença do dinheiro estatal, por mais absurdo que isso pareça.

Adoramos falar do tal financiamento do porto cubano, mas aplaudimos a fusão da Brahma com a Antártica – com apoio do BNDES, a formação cartelizada da telefonia brasileira (O caso da OI é vergonhoso) e etc.

A sociedade brasileira em geral tem dado mostras que não aguenta mais não ter uma contrapartida dos impostos que recolhem. Acho a discussão de quem o Estado tem financiado boba. Mas eu quero saber por que não temos serviços à altura daquilo que nós pagamos. Filas enormes em hospitais, pessoas morrendo em macas, escolas caindo aos pedaços, transportes, estradas e etc.. [1]

Isso tudo a um custo alto para todos. O Estado brasileiro se nega a discutir o tamanho de sua importância em nossa vida. Um dia gostaria de ver também uma discussão sobre o custo do governo. Alimentamos a vida palaciana de um jeito que não vai poder passar em branco nos próximos anos.

Mas e os papeis?

Em 1979, foi nomeado MINISTRO DA DESBUROCRATIZAÇÃO (Acredite, isso existiu!) o Sr Hélio Beltrão. A promessa era acabar com a papelada desnecessária a um custo brutal para a nação. São impostos, taxas, contribuições, tudo cercado de montanhas de papéis (hoje muita coisa eletrônica) com acompanhamento diário. E esse elefante fiscal interessa a quem?

Servir aos acertos que rolam soltos nos corredores nababescos que sustentamos em Brasília. Cada imposto que você recolhe esta ali para alguém na outra ponta burlar de forma oficial. E custa caro!

Enquanto a porta de entrada de um ministério for corredor polonês para um, e red carpet para outro isso não vai ter fim. Ou se trata tributo com seriedade, a justiça punindo e etc ou vão continuar operando a população à luz do dia.1-reduzido-1024x572Mas não se engane caro cidadão, você tem que participar disso com uma visão coletiva.

Não adianta achar errado que está pagando muito imposto e inventar filho no imposto de renda, achar que deve ser aposentado por algo que não tem e etc. Se queremos um país melhor tem que ser para todos, não apenas até o botão do ar condicionado da sala.

Temos que reclamar? Sempre. Mas com a cidadania em uma mão e a ética na outra.

[N.do.E.: especificamente no caso da saúde sobra verba ao final do ano: os municípios e estados não utilizam os montantes a que teriam direito]

One Reply to “Vamos à Luta: “Os papéis do Estado””

  1. Concordo plenamente com o que foi abordado. Sim temos que agir intensamente vigiando os nossos políticos, porém cada um deverá fazer sua parte.

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