Tal e qual em 2010, este Ouro de Tolo dará algumas sugestões de cervejas para as ceias de Natal e Ano Novo. Entretanto, acredito que sejam mais adequadas, haja visto o ganho de conhecimentos sobre o assunto de que desfrutei este ano de 2011.
Darei duas sugestões de “cartas”, uma somente com brejas nacionais e outra com importadas. Todas estão disponíveis no site Puro Malte, que entrega para o Brasil inteiro – e acima de determinado valor não cobra frete.
Para o cálculo das quantidades necessárias, algo como 200 a 250 ml por vez dá uma boa medida das quantidades que se farão necessárias tendo em vista o número de pessoas.
Obviamente, aqui a idéia é uma seleção pessoal e que permeia os principais estilos cervejeiros.
Vamos iniciar pela seleção nacional.
1 – Degustação Nacional
Colorado Cauim (R$ 11,90, 600 ml): lager feita pela cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, é semelhante às lagers as quais o paladar do brasileiro está acostumado. Tem como particularidade ser feita com a adição de mandioca, o que deixa a breja bem leve – mas saborosa.
Bodebrow Hop Weiss (R$ 16,90, 500 ml, foto acima): sou fã das cervejas da fábrica curitibana, sempre com produtos que fogem ao padrão comum. Esta weiss, breja de trigo, tem como particularidade ser fortemente lupulada, o que a dá um sabor diferenciado – único.
Backer Pale Ale (R$ 6,90, 355 ml): agora passemos aos exemplares do tipo ale, de alta fermentação. Entretanto, o “pale ale” é um estilo bastante semelhante às lagers em termos de leveza. O exemplar da cervejaria mineira é uma boa pedida.
Bamberg ESB (R$ 8,90, 350 ml): da premiada cervejaria do interior paulista, é do estilo extra special bitter, mais amarga, mas nem por isso menos saborosa.
Wals Quadruppel (R$ 30,90, 750 ml): a Wals, cervejaria mineira, talvez seja a melhor produtora de exemplares ao estilo “belga” no Brasil. Esta Quadruppel, que significa quatro vezes mais malte, é uma das brejas mais complexas e saborosas do Brasil. Mas cuidado, porque em termos de graduação alcoólica é quase uma espécie de “vinho de cevada” (11%). Uma de minhas preferidas.
Colorado Indica (R$ 11,90, 600 ml): legítimo exemplar da categoria India Pale Ale, com maiores quantidades de lúpulo. Esta ainda leva rapadura, que equilibra o amargor e potencializa o teor alcoólico. 
Colorado Demoiselle (R$ 11,90, 600 ml): outra breja da fábrica de Ribeirão preto, é uma legítima porter, que ainda leva grãos de café em sua composição. Ideal para acompanhar a sobremesa.
Wals Brut ou Eisenbahn Lust (cerca de R$ 120, 750 ml): não morro de amores por cervejas achampanhadas, mas para o final de ano é um exemplar que não pode faltar. Tanto a mineira como o exemplar catarinense representam bem este estilo.
2 – Degustação Mundial
Baltika 3 (R$ 17,99, 500 ml): poderia indicar uma alemã ou uma tcheca, mais tradicional, mas esta refrescante lager russa, pertencente ao grupo Heineken, me deixou muito bem impressionado. Levíssima, mas nem por isso de menor qualidade.
La Trappe Witte Trappist (R$ 39,90, 750 ml): o exemplar de trigo é do mosteiro trapista holandês dono da La Trappe. Típica witbier, com adição de especiarias, sendo bem refrescante.
Spitfire Kentish (R$ 24,50, 500 ml): sou fã desta legítima bitter ale inglesa, de fábrica estabelecida desde 1698. Apesar dos três lúpulos utilizados em sua composição, não é tão amarga, tendo excelente “drinkability”.
Anderson Valley Poleeko Gold Pale Ale (R$ 15,90, 355 ml): do estilo american pale ale, é breja representante da criativa escola americana. Infelizmente não há muitos exemplares desta escola aqui no Brasil – a importação é rara – mas este vale a pena. Bastante saborosa.
BrewDog 77 Lager (R$ 15,99, 355 ml): sou fã das cervejas extremas e muito, muito lupuladas da fábrica escocesa. Esta aqui é uma lager que mais parece uma “bomba de lúpulo”, com sabor bastante pronunciado. Para iniciados.
Chimay Bleue Grand Reserve (R$ 49,90, 750 ml): esta trapista, que já foi tema da coluna “Prosit”, não poderia faltar – é uma de minhas favoritas. Sabor complexo, mas deliciosa, sendo representante do estilo belgian dark strong ale. Quem a experimenta não esquece.
Weihenstephaner Vitus (R$ 19,90, 500 ml): esta weizenbock alemã, da cervejaria mais antiga do mundo (fundada em 1040) é um bom representante da escola alemã.
Delirium Noel (R$ 49,90, 750 ml): belga, é representante das cervejas feitas especialmente para o período natalino, sendo mais encorpada.
DeuS (R$ 179, 750 ml): a achampanhada da lista, para fechar as comemorações.
Gostaria de indicar a Brooklyn Double Chocolat Stout e a Meantime IPA, mas nenhuma das duas se encontrava disponível para venda. Pena.
Obviamente, as sugestões apresentadas aqui são um passeio pelos diversos estilos e não os resumem. Mas são sugestões que agradarão a todos nestas festas de final de ano.