Depois de deixar a Beija-Flor após mais de duas décadas, o diretor de Harmonia Laíla levou a melhor sobre a ex-escola. Agora na Unidos da Tijuca, Laíla foi uma das engrenagens do ótimo desfile que credenciou a escola do Borel à disputa das primeiras colocações. Além da Tijuca, Acadêmicos do Salgueiro e Unidos do Viradouro foram os destaques da primeira noite do Grupo Especial. Vamos ao resumo de cada agremiação.

IMPÉRIO SERRANO

Infelizmente todos os temores da fase pré-carnavalesca se confirmaram, e a querida escola da Serrinha fez a pior apresentação da noite. É bem verdade que a chuva atrapalhou, mas em termos de concepção e realização, o Império deixou a desejar na transformação da canção “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha, em enredo. O “samba” perdeu fôlego ao longo do desfile, e a escola ainda teve outras dificuldades. Pule de dez para o rebaixamento.

UNIDOS DO VIRADOURO

Paulo Barros fez um dos seus melhores trabalhos nos últimos anos na volta à Vermelho e Branco de Niterói. Em termos plásticos, a Viradouro veio muito caprichada. Além disso, apesar de o samba não ser nenhuma maravilha, os componentes o cantaram muito bem, proporcionando bom rendimento nos quesitos de chão. A agremiação não só carimbou sua permanência no Grupo Especial como almeja uma bela colocação.

ACADÊMICOS DO GRANDE RIO

O polêmico enredo rendeu vaias à Tricolor ainda na concentração. Nos quesitos plásticos, houve certa irregularidade, mas definitivamente não foi um conjunto que arrebatasse. Não gostei da comissão de frente, e, apesar de algumas boas alas, a Grande Rio não fez uma das suas melhores apresentações. Salvo uma surpresa na apuração, deve ficar na zona da marola.

ACADÊMICOS DO SALGUEIRO

Embora não tenha deixado sensação de título, a Academia pode se orgulhar de ter feito uma bela apresentação num ano tão complicado politicamente e financeiramente. O enredo sobre Xangô teve um correto desenvolvimento, e o sambão cumpriu o que dele se esperava, ou seja, levantou os componentes e o público. Tem boas chances de voltar no sábado das Campeãs, mas faltou o algo mais para brigar pelo título.

BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS

A campeã do ano passado desta vez não teve um samba à altura das suas tradições, depois de dois extraordinários nos últimos dois Carnavais. Nos quesitos plásticos, outra vez a Deusa da Passarela apostou em alegorias menores, mas desta vez com melhor concepção e acabamento do que em 2018. Mas no conjunto, a Beija-Flor “só” passou, ficando bem longe do sacode do ano passado. Salvo alguma surpresa por parte dos jurados, não briga pelo título desta vez.

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Depois do bom ensaio técnico, esperava-se uma apresentação bem melhor da tradicional escola de Ramos. Mas houve muitos problemas, desde o abre-alas, passando pela evolução, e a concepção visual não tinha a cada da agremiação. O destaque absoluto foi a bateria do Mestre Lolo, mas resta saber o quão os problemas nos demais quesitos podem afetar a Imperatriz, que deve ficar na parte de baixo da tabela.

UNIDOS DA TIJUCA

Na minha modesta opinião, a melhor apresentação do dia no conjunto da obra. A já organizada escola, com o já mencionado reforço de Laíla, foi muito equilibrada nos quesitos, e teve uma parte visual bastante elogiável. Como no ensaio técnico, o samba, a bateria de Mestre Casagrande e o canto dos componentes foram muito bons, o que credencia a Tijuca a brigar, quem sabe, pelo título. Um belíssimo amanhecer de segunda-feira.

Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

8 Replies to “Unidos da Tijuca, Salgueiro e Viradouro se destacam na primeira noite do Especial”

  1. A Beija Flor fez um desfile decepcionante ,um dos seus piores desfile,se deixarem, esse Marcelo Misailidis consegue destruir a indestrutível Beija Flor(que tem com a saga de agotime o maior desfile desse século) ,espero que fique numa péssima colocação pra ver se esse povo é demitido.
    Salgueiro fez o pior desfile de temática afro do últimos tempos,decepcionante e entediante com mais do mesmo apesar da recepção.
    Só a Viradouro se salva na primeira noite

  2. Império: Correspondeu as expectativas…
    Viradouro: Nem parece q veio do acesso
    G.Rio: Vergonha Alheia e Mau Gosto, Renato Lage tá perdido
    Salgueiro: Desfile ejaculação precosse
    Beija-Flor: Decepcionante
    Imperatriz: O samba não é ruim, ele é constrangedor, abraçou a vergonha alheia e foi
    Tijuca: Perfeita

  3. Assisti o desfile da arquibancada do setor 03 e ainda não assisti a transmissão inteira da Globo

    Imperio Serrano: Fechou os desfiles da Serie A

    Viradouro: Passou com alguns problemas eletricos na alegoria da Bela e a Fera, mas, se essa nota for descartada, passou beirando a perfeição.

    Grande Rio: Primeiro desfile frio da noite, com alegorias pesadas e com um naipe de cores muito agressivas e de difícil leitura. Vai passar 2019 na água de salsicha.

    Salgueiro: Um desfile correto em quesitos de pista, mas teve uma das piores plasticas desde 2010. Possivel carta marcada nas campeãs.

    Beija-Flor: Um desfile arrastado e tão frio quanto sua prima de Caxias, alegorias menores com destaque ao carro da Claudia Raia, que tinha uma coreografia muito loga que fez com que o desfile durasse uma eternidade para passar.

    Imperatriz: Uma enxurrada de problemas que jogaram a escola ainda mais para baixo na minha avaliação. O samba limitado foi conduzido com maestria pela bateria e carro de som. Em uma avaliação justa, pode acabar indo pro caixão com sua escola madrinha.

    Unidos da Tijuca: Muita gente não ficou para ver o pavão passar pela avenida, mas quem esperou presenciou a melhor apresentação da “noite”, passou com luxo e correção. O samba rendeu bem e a bateria deu um show. Briga pelo titulo.

  4. Eu achei o Salgueiro melhor do que alguns críticos falaram. A Tijuca foi a surpresa da noite pra mim por conta do enredo, pensei que não fosse pegar. Viradouro veio bonita, apesar de sair do acesso não foi tanto espanto pela expectativa sobre o Paulo Barros. Sempre torço pela Beija-Flor, mas a nilopolitana veio muito fraca e não levantou a arquibancada. Inclusive várias foram as críticas sobre a “arrogância” do enredo. Espero que tome um susto pra levantar ela no próximo ano.

  5. Eu achei a concepção dos carros da Beija-Flor PIOR do que em 18. Ano passado era feio, mas causava impacto e passava a mensagem do enredo. Este ano foi simplesmente uma tolice simplória e sem beleza alguma.

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