Hoje e dia de pedir licença aos fãs de vôlei e vamos falar sobre basquete aqui na Golden Set. O início de 2018 trouxe uma sequência muito vitoriosa para o time do Flamengo no NBB, o campeonato brasileiro de basquete. O Orgulho da Nação fez uma sequência espetacular dentro de casa e conseguiu alcançar a liderança, que era do Mogi. Até o momento, o Flamengo fez 12 jogos e conquistou 10 vitórias, perdendo apenas para o Franca e o Paulistano.

Após a derrota para o Franca, o rubro-negro carioca vem de cinco vitórias seguidas, sendo que quatro jogos foram dentro de casa, com o apoio da torcida. E muitas dessas vitórias foram conquistadas na raça, marca do ala-pivô Olivinha, um dos jogadores mais queridos pela torcida.

Olivinha completou 200 jogos vestindo a camisa do Flamengo no NBB, no jogo contra o Pinheiros, no dia 7 de janeiro. A última cesta do jogo foi dele, que é cria da Gávea. Com um público de 2016 presentes, o jogador foi homenageado na Arena Carioca, pela sua longa relação com o clube, que vem desde 2002.

Olivinha é tetracampeão nacional, continental e mundial pelo Flamengo. O ala- pivô de 2,03m e 34 anos joga com o coração e se entrega em todos os jogos do seu time do coração. Olivinha também tem passagens pela seleção brasileira e é irmão do ex- jogador do Flamengo e da seleção, o Olívia.

As vitórias contra o Vasco e o Pinheiros foram fundamentais nessa sequência, para motivar o time a buscar forças para vencer o ex- líder Mogi. O Pinheiros vinha sendo o algoz do Flamengo desde a temporada passada, quando eliminou a equipe carioca nas quartas de final do NBB, virando uma sequência de 2 a 0 para 3 a 2, fora de casa, e esse ano, na segunda fase da Liga Sul Americana, também no Rio de Janeiro.

Após a partida contra o Pinheiros, o Ouro de Tolo conversou um pouco com o Olivinha, o homenageado do dia.

Ouro de Tolo: Como foi a sua interação com a torcida no seu ducentésimo jogo pelo Flamengo no NBB?

Olivinha: Sem dúvida nenhuma, foi um jogo muito especial. São 200 jogos com a camisa do Flamengo, um clube onde eu cresci, passei mais de 1/3 da minha vida. Cheguei em 1998, tenho 13 anos atuando pelo clube. É uma marca muito especial para mim. Hoje graças à Deus deu tudo certo, apesar de no terceiro quarto a gente ter dado uma bobeira. Mas no final deu tudo certo. Acho que a gente pôde encerrar com chave de ouro esse meu jogo de número 200.

Ouro de Tolo: Como é contar com o apoio incondicional de uma torcida tão grande como a do Flamengo nos jogos?

Olivinha: A nossa torcida é fundamental. Eles sabem que fazem toda a diferença quando comparecem. Na verdade, eles sempre comparecem. Hoje a gente teve uma amostra disso, principalmente no terceiro quarto, quando a gente teve um apagão. Eles continuaram nos apoiando, e no início do último quarto também. Então, foi assim do início até o fim, a torcida cantando, nos apoiando. A gente sabe que eles são fundamentais para a gente e espera que continue assim até o final do campeonato, que vai nos ajudar bastante.

Ouro de Tolo: Qual a sensação de jogar pelo Flamengo?

Olivinha: É um orgulho muito grande que eu tenho. Cheguei em 1998 na Gávea, na categoria infantil, foi meu primeiro clube. Também foi no Flamengo que comecei a atuar no profissional. Então, eu tenho um apreço e uma gratidão muito grande pelo Flamengo. Pode ter a certeza que toda vez que eu entro dentro de quadra eu coloco meu coração sempre, e hoje não foi diferente.

Ouro de Tolo: Lembra o que sentiu ao vestir a camisa do Flamengo pela primeira vez?

Olivinha: Foi uma sensação especial. Eu já sabia da grandeza do clube. Apesar de ser bem jovem, eu tinha apenas 15 anos na época, eu já sabia de toda a história do Flamengo. Meu irmão já jogava aqui e ele falava bastante comigo. Ele me ajudou bastante no início da carreira, então isso para mim foi fundamental. Já chegar entendendo a história do clube, que é tão vitorioso. É um orgulho muito grande poder participar um pouco dessa história.

Ouro de Tolo: O time passou a maior parte do jogo na frente, mas teve que buscar no último quarto a virada, após um apagão no terceiro quarto. Foi uma vitoria com muita raça, que é a sua principal marca. Podemos dizer que foi uma vitória à la Olivinha?

Olivinha: Pode-se dizer que sim. (risos) Foi uma vitória na raça. A gente passou a maior parte do jogo na frente. No terceiro quarto a gente deu uma vacilada. Aí entramos no último quarto com mais determinação, com mais atitude e a gente conseguiu vencer realmente na raça. Foi um jogo com a cara do Flamengo, com bastante raça e uma vitória muito importante para a gente. Falta ainda ficar os 40 minutos do jogo, o tempo inteiro, focados. É muito difícil não ter esses altos e baixos, mas precisamos trabalhar um pouco mais esse lado emocional nosso.

Fotos: Staff Images/ Flamengo

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