Flamengo e Cruzeiro começam a decidir nesta quarta-feira o título da Copa do Brasil, no Maracanã, com a partida de volta marcada para o dia 27 de setembro, no Mineirão. Como diz a hashtag divulgada pelos dois times, é #FinaldeTimeGrande, então vamos às pílulas para a decisão:

– O Flamengo ganhou mais consistência defensiva com a chegada de Reinaldo Rueda, mas entra em campo sem força máxima, já que Diego Alves, Rhodolfo, Éverton Ribeiro e Geuvânio não puderam ser inscritos na competição. Neste sentido, o Cruzeiro acaba se dando melhor pois o time difere menos em relação ao que se considera sua força máxima.

– Como não há o critério do gol qualificado fora de casa, os dois times tendem a jogar não tão cautelosos, já que um gol sofrido é menos problemático do que nas fases anteriores. Jamais gostei dessa história de gol fora, mas discordo de o critério ser abolido apenas para as finais. Ou se faz durante todo o campeonato, ou não se faz.

– Diego e Guerrero têm a grande oportunidade de se consolidarem como ídolos rubro-negros. O camisa 35, depois de atuações irregulares após a lesão no joelho, ganhou moral com o gol na semifinal diante do Botafogo, e espera-se muito dele nas finais. Já o atacante peruano vive sua melhor temporada pelo Rubro-Negro e ainda por cima lidera sua seleção numa bela campanha nas Eliminatórias da Copa. Pena que será desfalque no jogo de ida.

– Do lado cruzeirense, o grande nome nas últimas partidas vem sendo Thiago Neves, que se readaptou ao futebol brasileiro. Além do passe qualificado, o meia vem sendo fundamental nas cobranças de bola parada, tanto em cruzamentos como em chutes diretos a gol. É a grande preocupação para o sistema defensivo rubro-negro nesta decisão.

– Depois de um início claudicante no Cruzeiro, Mano Menezes conseguiu enfim dar competitividade ao time, com triunfos sobre dois adversários que eram considerados favoritos, Palmeiras e Grêmio. Não acredito num time totalmente retrancado no Maracanã.

– O Flamengo, de quem tanto se reclamava em relação à intensidade em campo (o escriba inclusive), se recuperou nas últimas partidas. Resta saber se a equipe conseguirá manter esse aspecto e, principalmente, a concentração durante o jogo. Antes da chegada de Rueda, o time tinha o controle das partidas, mas se perdia em questão de poucos minutos. Contra o Botafogo, esteve ligado o tempo todo e não foi vazado.

– As ações de marketing de Flamengo e Cruzeiro promovendo a decisão a meu ver são bem-vindas. Desde que durante as partidas os jogadores sejam 100% competitivos, sem violência, claro, não vejo mal algum na troca de gentilezas entre os clubes. Não acredito que isso interfira na pegada das equipes em campo, mas ajude a evitar qualquer hostilidade fora dele.

– Muitos reclamaram que, pelo fato de ser feriado no dia do primeiro jogo da final, a partida deveria ser realizada à tarde e não às 21h45. Explica-se: as audiências da TV Globo foram espetaculares nas semifinais e os anunciantes não viram com bons olhos uma antecipação pelo simples fato de que menos gente está em casa à tarde para ver o jogo.

– Muralha ou Thiago? Dúvida cruel… Depois de tudo o que aconteceu com Muralha nos últimos dias, se for escalado, pode ser a redenção como a pá de cal na sua já complicada passagem pelo Flamengo. Já Thiago, apesar de inseguro em algumas oportunidades, falhou menos, embora seja muito jovem ainda. Repito: dúvida cruel.

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