A curtíssima pré-temporada da Fórmula 1 terminou na última sexta-feira e, como costumo escrever nesse espaço, não há como tirar conclusões. Isso só poderá ser feito, evidentemente, após o primeiro fim de semana da temporada, na Austrália.

Mas podemos, sim, apontar algumas tendências do que pode acontecer neste princípio de campeonato, marcado para o dia 26, com o Grande Prêmio da Austrália.

FERRARI AMEAÇA MERCEDES – Desde que os motores turbo voltaram à Fórmula 1, em 2014, nunca a Mercedes esteve tão ameaçada por alguma concorrente, no caso, a Ferrari. Não que a Mercedes tenha ido mal na pré-temporada, mas pelo menos nos treinos a Ferrari foi mais rápida e mostrou consistência. Felipe Massa disse que a Mercedes mostrou enorme potencial e que ainda está na frente. Mas aqueles passeios dos últimos três anos parecem estar com os dias contados.

RED BULL AINDA DEVE ENCOSTAR – A Red Bull ainda não explorou o real potencial de seu carro porque o motor Renault apresentou alguns problemas e impediu que o novo modelo ganhasse a quilometragem ideal.

A WILLIAMS EVOLUIU BASTANTE – Depois de perder muito terreno durante a última temporada, o novo modelo FW40 nasceu bem. Felipe Massa conseguiu uma bela quilometragem e ainda por cima mostrou velocidade a ponto de liderar um dia de testes e andar bem mais próximo de Ferrari e Mercedes.

NOVA FÓRMULA 1 É BOA PARA MASSA – A adoção de pneus dianteiros mais largos e o ganho de aerodinâmica foram muito positivos para Felipe Massa. O brasileiro, que tinha decidido se aposentar mas voltou atrás, tem um estilo de pilotagem que casa bem com carros nos quais a parte dianteira tenha grande aderência. Além disso, os novos pneus Pirelli tendem a se desgastar bem menos, outro fator positivo para Felipe, que teve dificuldade para manejar essa degradação da borracha.

LARGADAS MAIS EMOCIONANTES – Com a limitação no acerto de embreagem para as largadas, os pilotos serão ainda mais ativos nas partidas. Com isso, será bem possível ver gente ganhando ou perdendo muitas posições no começo das provas. Além disso, foi aprovada largada parada mesmo quando as condições do tempo não forem boas – depois de algumas voltas atrás do safety car, os pilotos voltarão às posições originais no grid e largarão dali.

McLAREN VIVE NOVO DRAMA – Depois de um 2016 no qual a parceria McLaren-Honda evoluiu alguns poucos passos, esperava-se que em 2017 finalmente a equipe voltasse a se mostrar competitiva. Mas os testes de inverno foram absolutamente desastrosos, com problemas seguidos do motor Honda que não permitiram ao novo carro MCL32 ganhasse quilometragem. Fernando Alonso, com razão, está possesso e acho que o espanhol não dura muito mais tempo na equipe…

SERÁ MAIS DIFÍCIL ULTRAPASSAR – Os pilotos foram unânimes ao dizerem que as ultrapassagens serão mais difíceis nesta temporada. Com os carros mais velozes, as freadas podem ser mais em cima das curvas, então fica mais difícil uma manobra. Resta saber o quão a asa móvel vai fazer diferença, se muito menos do que nos anos anteriores.

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2 Replies to “A Fórmula 1-2017 pronta para a largada”

  1. A briga promete, mas creio num novo passeio da Mercedes. E se a McLaren não terminar o campeonato em último, é motivo mais que suficiente para festejar.

    Aliás, tomara que a Liberty Group volte com motor de verdade!

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